A criptografia se tornou bastante popular nos últimos anos por trás de redes sociais e criptomoedas. Na prática, ela envolve um conjunto de elementos capazes de codificar uma mensagem, fazendo com que os invasores tenham dificuldade para ler seu conteúdo.

Embora tenha se tornado mais conhecido recentemente, o conceito de que o criou existe desde a época da Roma Antiga. Porém, por conta das necessidades modernas, o que se vê é que a criptografia é cada vez mais necessária.

Entendendo mais sobre a criptografia

Criptografar significa transformar dados em um código para que pessoas não autorizadas não tenham acesso a eles. Durante muito tempo, essa foi uma prática usada apenas pelo governo e em situações de guerra — e, por esse motivo, boa parte das pessoas não era conhecida.

Atualmente, como a maior parte dos dados é compartilhada na internet, desde prontuários médicos até transações bancárias, usar a criptografia se tornou uma necessidade. Assim como outros produtos, esta técnica pode ser de diferentes tipos.

De acordo com este artigo da ExpressVPN, a empresa, que trabalha com rede virtual privada, usa o padrão AES-256 de criptografia, ou seja, uma chave criptográfica de 256 bits para converter um texto simples. Esse é um dos padrões mais fortes que existem e, para derrubá-lo, seria preciso usar supercomputadores durante um tempo incalculável.

O primeiro código criptografado

Acredita-se que foi a partir do século VII que a humanidade passou a usar códigos para esconder as mensagens. Segundo registros históricos, os espartanos desenvolveram uma ferramenta chamada cítala — uma espécie de bastão de madeira com o pergaminho enrolado.

Para codificar, as pessoas escreveram no pergaminho enquanto ele estava enrolado no bastão. Depois, não foi possível entender o que estava escrito, sendo necessário o uso de outra citação do mesmo tamanho para revelar o conteúdo. Hoje, uma técnica não parece tão avançada quanto a que já existe, mas na época representou um grande avanço, especialmente para os objetivos de guerra.

Por sua vez, César começou a usar uma cifra para trocar mensagens, em 58 aC. Uma cifra substituiu cada letra por outra e, embora fosse fácil de ser revelada, foi usada pelos russos na 1ª Guerra Mundial.

No século XV, o arquiteto italiano Alberti aperfeiçoou a ideia de César, criando uma cifra com letras e números. Além do mais, a ferramenta criada por ele incluía duas discotecas, o que garante um pouco mais de dificuldade para chegar à mensagem.

A criptografia mais parecida com a que se encontra atualmente em dados do século XIX. Por conta da criação do telégrafo, que revolucionou a comunicação, os governos passaram a ter uma preocupação maior com a privacidade. O resultado foi o avanço na criação de técnicas e códigos para evitar que os conteúdos fossem interceptados.

Durante a 1ª Guerra Mundial, o código adotado para se comunicar com privacidade foi o tricô. Avós belgas eram posicionadas nas estações de trens e sinalizavam o que acontecia, ao mesmo tempo em que faziam roupas. Como esse truque passou a ser conhecido, os governos tomaram medidas para evitar que algo semelhante ocorresse na 2ª Guerra Mundial.

Também é do século XX a máquina Enigma, que mudou a história da computação e pode ser vista no filme “O Jogo da Imitação”. Criada por Alan Turing, ela funcionava como um quebra-cabeças para a troca de mensagens secretas. Além de ter mudado o curso da guerra, o equipamento permitiu o desenvolvimento criptográfico na era digital.

Na década de 1970 foi criado o conceito de chave pública, o que permite compartilhar mensagens sem precisar recorrer à chave privada — que, na prática, funciona como uma senha. Desde então, a tecnologia passou por muitos avanços até se tornar o que é.

Para o futuro, a expectativa é que a computação quântica adicione uma camada a mais de desafio à criptografia. Isso porque os computadores mais potentes exigiam ferramentas cada vez mais sofisticadas para impedir sua invasão.

Como se percebe, embora tenha percorrido um longo caminho, a criptografia ainda tem muito o que evolui. De toda forma, ela continuará sendo uma grande aliada à privacidade dos dados e das comunicações.

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