Após sete anos no ar, A coroa se aproxima do seu fim. A sexta e última temporada da série que acompanha os passos da Rainha Elizabeth II (Imelda Staunton) estreia na Netflix no próximo dia 16 de novembro. Dividida em duas partes, ela terá apenas os quatro primeiros episódios disponíveis na data, enquanto os outros seis chegam ao streaming em 14 de dezembro.
Primeira temporada gravada após a morte da monarca, falecida de causas naturais em setembro de 2022, a temporada cobrirá os acontecimentos ocorridos entre 1997 e 2005 — um período mais do que marcante na história da Família Real Britânica.
Entre eles, ganham destaque a morte da princesa Diana (Elizabeth Debicki) ocorrida em 1997, durante um acidente de carro, e o começo do relacionamento entre o Príncipe William (Ed McVey) e Kate Middleton (Meg Bellamy), após o casal se conhecer na Universidade de St Andrews, em 2001. São eventos emblemáticos e muito aguardados pelo público que finalmente vão ganhar forma na adaptação.
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Para se preparar para os acontecimentos que vêm pela frente, vale relembrar o que aconteceu de mais importante na stemporada 5 e quais histórias devem ter impacto direto nos episódios finais do show.
O descontentamento com a monarquia
Um dos grandes temas discutidos na quinta temporada de A coroa foi o crescente descontentamento do povo com a monarquia. Mais especificamente com a figura da Rainha Isabel II, considerada por muitos uma entidade presa ao passado.
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Na baixa popularidade no início da temporada, a rainha é acusada de ter a “síndrome da Rainha Victoria”, tendo tanto o seu tempo de reinado questionado, quanto os gastos extravagantes da Coroa.
O clima de tensão, no entanto, aumenta devido aos escândalos familiares que se seguem e que atingem o seu ápice no ano de 1992, o “Annus horribilis”como é chamado pelo próprio protagonista.
Nele, o príncipe Andrew (James Murray) se separa de Sarah Ferguson (Emma Laird Craig), após mais um de escândalos virem à tona, enquanto Anne (Claudia Harrison) anuncia um segundo casamento, despertando lembranças dolorosas na Princesa Margaret (Lesley Manville). ). Além disso, um incêndio contra o Castelo de Windsor e Charles e Diana decidem se separar.
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Todos esses dramas familiares são fundamentais para mostrarem como A coroa entra em sua temporada final com praticamente todos os personagens carregando algum tipo de questão para lidar. São traumas, insatisfações e descontentamentos que começaram a aparecer no quinto ano e resultam em decisões-chave nos novos episódios.
Os escândalos de Charles e Diana
Os desentendimentos dos herdeiros do trono com a Princesa de Gales, inclusive, são o grande mote da temporada. A relação desgastada do casal, vinda de suas desavenças pessoais e a relação extraconjugal que Charles mantinha há anos com Camilla Parker, chegou ao seu ápice com o lançamento da biografia de Diana, exibida nos episódios do quinto ano da série.
Escrito por Andrew Morton com ajuda da princesa, o livro caiu como uma bomba entre a família real, que acreditava que Diana queria “explodir a Coroa” com suas declarações.
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A publicação foi o estopim para o termo, oficializada em 1994. Os escândalos a respeito da relação, no entanto, ainda estavam longe de chegar ao fim, ganhando vários capítulos ao longo dos anos.
O primeiro deles ocorreu logo após o término do casamento ser anunciado, quando o Daily Mirror decidiu não mais proteger o príncipe e publicar a transcrição de uma conversa telefônica gravada três anos antes, na época em que Charles e Diana ainda eram casados.
O telefonema — mais tarde conhecido como o “episódio do Tampongate” — consistia em uma conversa entre Charles e Camilla, na qual o filho da rainha dizia querer ser um absorvente interno para ficar mais próximo de sua amada.
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A exposição da infidelidade de Charles — um constrangimento considerado até hoje uma das maiores vergonhas da família real — fez aumentar a popularidade e a empatia de todos com Diana, já chamada de a “princesa do povo”.
No ano seguinte, em 1995, decidida a escancarar para o público como de fato era o funcionamento de seu casamento, a princesa concedeu uma entrevista bombástica à BBC. Na conversa, Diana contou sobre como havia sofrido em silêncio ao lado de Charles, deixando clara a falta de apoio da Família Real e acirrando ainda mais as críticas à Coroa.
O encontro de Diana e Dodi Al-Fayed
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Outro momento importante marcado na quinta temporada de A coroa — e que sabemos ter implicações diretas no final da vida de Diana — é o início do relacionamento da princesa com o playboy Dodi Al-Fayed (Khalid Abdalla).
Apresentada ao jovem pelo próprio pai de Dodi, o bilionário Mohamed Al-Fayed (Amir El-Masry), de quem era muito amiga, Diana se mantém apenas como uma conhecida do rapaz na quinta temporada.
Sua proximidade com Mohamed, no entanto, a leva a aceitar o convite do proprietário da Harrods e de sua esposa para ir até Saint Tropez, onde planeja passar alguns dias com os filhos no iate da família Al-Fayed.
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As cenas que encerram a quinta temporada são uma deixa do começo de sua relação com Dodi — namoro que deve ser mostrado nos novos episódios. Como sabemos, Dodi e Diana travaram um relacionamento intenso por alguns meses, até morrerem juntos no acidente de 1997.