Após a renúncia do primeiro-ministro Ariel Henry, o conselho de transição do Haiti nomeou Edgard Leblanc Fils como presidente interino e Fritz Bélizaire como primeiro-ministro interino.
Ambos os líderes foram encarregados de estabilizar uma nação sitiada pela violência de gangues durante uma cerimónia em Porto Príncipe.
Frinel Joseph, membro do conselho, destacou a importância do seu papel na unificação do país.
Na quinta-feira passada, o conselho de nove membros iniciou oficialmente o seu trabalho após extensas negociações entre os grupos políticos do Haiti.
Leblanc, ex-presidente do Senado e oponente de Henry, enfrenta agora uma crise nacional significativa.
A violência dos gangues aumentou desde Fevereiro, atacando infra-estruturas vitais e desafiando a autoridade estatal.
Esta agitação seguiu-se ao período caótico pós-assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021, deixando Henry não eleito como líder.
O conselho, representando uma mistura diversificada de líderes políticos, comerciais e civis, pretende governar até que eleições justas e indiscutíveis possam ser realizadas.
Eles planejam entregar o poder a um governo eleito até fevereiro de 2026.
“Estamos dedicados ao diálogo, à negociação e à obtenção de consensos”, afirmou Leblanc, sublinhando a importância da unidade.
Leblanc comprometeu-se a enfrentar as terríveis condições de segurança, com gangues dominando mais de 80% de Porto Príncipe.
Este controlo levou a um aumento nos homicídios, violações e raptos, deslocando cerca de 360 mil haitianos.
“Abordaremos de forma decisiva a segurança para libertar a nossa nação da tirania dos gangues”, declarou Leblanc, reconhecendo os extensos danos sofridos pela população.
O governo também espera o envio de uma força internacional liderada pela ONU, incluindo a polícia queniana, para ajudar a estabilizar a situação.
Esta intervenção é essencial para reformas de segurança mais amplas e para a restauração da segurança pública.