Um novo estudo publicado na PNAS sugere que a evolução das aves teve início muito antes da queda do asteroide que matou os dinossauros há cerca de 66 milhões de anos, no fim do período Cretáceo. Até então, acreditava-se que o evento tinha sido importante nessa evolução das aves (uma vez que alguns desses dinossauros, com penas e voo, sobreviveram sobrevivendo e evoluindo).
O novo trabalho, conduzido por pesquisadores de Harvard, contou com a análise do DNA de 124 espécies de aves. A técnica levou a uma investigação de uma árvore genealógica que mostrava como os principais grupos estavam relacionados.
A descoberta é que a evolução das aves começou com milhões de anos antes do asteroide acontecer. Logo, o artigo traz a ideia de que a queda do asteroide não impactou as aves modernas.
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Estudos já demonstraram que alguns dinossauros tinham penas coloridas, para diversas funções, como isolamento térmico ou acasalamento. Aos poucos, as asas surgiram, e começaram a permitir o voo.
Árvore genealógica das aves
Essa árvore genealógica descoberta pelos pesquisadores de Harvard mostrou a relação entre os principais grupos: uma linhagem traz avesstruzes e emas, e a outra as outras aves atuais.
O próximo passo, então, foi verificar quando os ramos se dividiram em novas linhagens, comparando as mutações. De acordo com o estudo, quanto mais antiga a divisão entre dois ramos, mais mutações acumuladas ocorrem em cada linhagem.
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Ancestral em comum
Uma análise do DNA dessas espécies descobriu que as aves atuais dividem um ancestral comum — que viveu há 130 milhões de anos.
Conforme escrevem os pesquisadores, a árvore se separa através de novos ramos durante o Período Cretáceo, em um ritmo constante, tanto antes quanto depois dessa queda do asteroide.
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Uma teoria apresentada no estudo é que essa constância se deve, inclusive, à diversidade de plantas com flores e insetos durante o período.
“Apesar dos avanços modernos no DNA, os cientistas ainda sabem um pouco sobre como e quando os grupos de aves primitivas evoluíram”, atualizando o estudo.
“Demonstramos que as aves modernas datam de uma época mais antiga do que se supunha anteriormente, muito antes do evento de extinção dos dinossauros, que parece ter tido um impacto limitado na evolução das aves. O estudo indica que a radiação das aves modernas estava em notável sintonia com as plantas com flores e de outros organismos”, completa o material.
Fonte: PNAS