(Em profundidade) No dia 20 de maio, os 305 prefeitos de São Paulo aprovaram um contrato unificado para serviços de saneamento básico pós-privatização da Sabesp.

Essa etapa avança em direção ao leilão planejado, que o governador Tarcísio de Freitas pretende realizar até o início de agosto.

A reunião no Palácio dos Bandeirantes destacou o esforço unificado entre lideranças estaduais e municipais.

A Sabesp, maior empresa de gestão de água e resíduos do Brasil, presta serviços como abastecimento de água e tratamento de esgoto.

O saneamento público inadequado no Brasil tem um impacto crucial nas condições socioeconômicas e de saúde, afetando muitas comunidades.

São Paulo lidera o Brasil em vários aspectos, marcando tendências que muitas vezes influenciam o resto do país.

As iniciativas do Estado em matéria de economia, infra-estruturas e políticas públicas tornam-se frequentemente modelos para adopção nacional.

A aprovação ocorreu durante reunião inaugural da Unidade Regional de Abastecimento de Água e Serviços de Esgotamento Sanitário (URAE).

O novo contrato recebeu 89,9% dos votos. Esta reunião representou 370 dos 375 municípios atendidos pela Sabesp, refletindo o forte apoio à privatização.

A grande jogada de São Paulo: privatização da Sabesp em meio a polêmica. (Foto reprodução na Internet)

Além disso, 91,2% dos 316 prefeitos aprovaram o regimento interno do Conselho Deliberativo da URAE-1.

Este conselho supervisionará o planeamento, organização e execução dos serviços de saneamento pós-privatização.

Também aprovará planos, programas, metas e projetos do setor.

O governo de São Paulo pretende vender até 30% de sua participação na Sabesp. Atualmente, o Estado detém 50,3% das ações da empresa, mantendo o controle.

Os prefeitos decidiram que a Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado de São Paulo (ARSESP) continuará regulamentando e fiscalizando os serviços de saneamento pós-privatização.

Esta decisão recebeu o apoio de 308 dos 316 municípios presentes.

Planos de investimento ambiciosos

Após a privatização, o governo de São Paulo anunciou extensos planos operacionais e de investimento.

Isso inclui um investimento de R$ 64 bilhões (US$ 12,55 bilhões) nos próximos cinco anos. A meta de universalização dos serviços de água e esgoto será avançada de 2029 para 2033.

Eles planejam um investimento total de R$ 260 bilhões (US$ 50,98 bilhões) até 2060.

Além disso, o estado propõe redução tarifária de 10% para consumidores de baixa renda.

Propõem também uma redução de 1% para os consumidores em geral e uma redução de 0,5% para os utilizadores comerciais e industriais.

Governador Tarcísio de Freitas, aliado próximo de Bolsonaro.  (Foto reprodução na Internet)
Governador Tarcísio de Freitas, aliado próximo de Bolsonaro. (Foto reprodução na Internet)

Um “Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento no Estado de São Paulo” subsidiará esses descontos.

Este fundo receberá 30% das receitas da privatização e dos dividendos obtidos pelo governo após a privatização.

O Processo de Privatização

O governador Tarcísio de Freitas pretende realizar o leilão de privatização em junho. A venda se desenvolverá em duas fases.

Primeiramente será selecionado um acionista de referência, adquirindo 15% das ações da empresa.

As duas melhores propostas desta fase avançarão para a segunda fase, aberta a todo o mercado.

Os investidores escolherão o acionista de referência com base no maior volume de ações negociadas.

O modelo inclui um acordo de lockup de cinco anos, impedindo o investidor de referência de vender a sua participação até 2029.

Caso o investidor retenha mais de 10% das ações após esse período, o acordo poderá se estender até 2034.

São Paulo lidera o Brasil em vários aspectos, marcando tendências que muitas vezes influenciam o resto do país.  (Foto reprodução na Internet)
São Paulo lidera o Brasil em vários aspectos, marcando tendências que muitas vezes influenciam o resto do país. (Foto reprodução na Internet)

Controvérsia e Oposição

No entanto, a privatização enfrenta oposição significativa. Os opositores, incluindo o partido de esquerda PT de Lula e o PSOL, tomaram medidas legais para anular o processo de privatização.

Argumentam que o processo carece de transparência e de estudos de impacto económico adequados. Alegam também que a privatização poderá levar a tarifas mais elevadas e à redução da qualidade do serviço.

Apesar dessa oposição, o governo de São Paulo continua comprometido.

O amplo apoio dos municípios e os investimentos planejados ressaltam a importância do projeto para o futuro do estado.

No entanto, os desafios jurídicos e a dissidência pública lançam incerteza sobre o sucesso da privatização.

Por que isso é importante

A privatização da Sabesp poderia impulsionar a economia e os serviços públicos de São Paulo, com ganhos potenciais na qualidade do saneamento e na infraestrutura.

Alinha-se com as tendências globais em que a eficiência do sector privado impulsiona melhorias nos serviços públicos.

Os compromissos de investimento e as reduções tarifárias sinalizam benefícios potenciais para os consumidores em todos os espectros económicos.

Este esforço de privatização destaca o compromisso de São Paulo em modernizar a infraestrutura e melhorar a prestação de serviços.

O amplo apoio dos municípios e os investimentos planejados ressaltam a importância do projeto para o futuro do estado.

No entanto, a oposição legal e pública ainda pode influenciar o resultado final.

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