O Parlamento Europeu deu uma guinada decisiva para a direita, remodelando a sua trajetória futura.
Nas recentes eleições, concluídas em 9 de junho de 2024, as facções de direita e de centro-direita comandam agora 56% dos assentos – um aumento notável em relação à sua percentagem anterior.
O Partido Popular Europeu, alinhado com Ursula von der Leyen, reforçou a sua presença com 189 assentos, liderando o grupo.
Esta mudança não é apenas numérica; tem implicações reais. A onda de grupos de direita, como o Identidade e a Democracia, e os Conservadores e Reformistas Europeus, indica um pivô ideológico mais amplo dentro da UE.
Esta transformação representa um claro revés para os governos francês e alemão, tradicionalmente dominados por partidos mais centristas ou de tendência esquerdista.
Reagindo a estes desenvolvimentos, o Presidente francês Emmanuel Macron dissolveu o Parlamento francês, apelando a novas eleições, numa medida dramática.
Da mesma forma, o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, demitiu-se, sinalizando a turbulência política que se avizinha.
Esta eleição não é um incidente isolado, mas parte de uma tendência em que nações europeias como a Grécia, a Espanha e a Hungria têm visto partidos de direita ou de centro-direita ganharem terreno.
Este realinhamento sugere uma tendência continental em direcção a políticas que possam dar prioridade aos interesses nacionais, controlos de imigração mais rigorosos e, possivelmente, uma reavaliação das iniciativas a nível da UE.
As consequências são significativas. O grupo Renovar a Europa de Macron perdeu assentos, diminuindo de 102 para 93, enquanto a representação da esquerda também diminuiu.
Esta reconfiguração no Parlamento aponta para potenciais mudanças nas prioridades legislativas, incluindo políticas económicas e questões sociais.
Além disso, os novos membros sem uma filiação fixa de grupo sugerem que o bloco de direita poderia expandir-se ainda mais, influenciando a futura legislação e a orientação política da UE.
A adaptação do Parlamento Europeu remodelará as estratégias da UE em matéria de economia, relações externas e clima.
Esta mudança para a direita faz mais do que alterar a política – redefine potencialmente o papel global da UE, enfatizando o impacto crescente das agendas nacionalistas e conservadoras no futuro da Europa.
Partido Popular Europeu – continua a ser o maior grupo no Parlamento Europeu, com uma base significativa de deputados alemães, polacos e romenos.
Nos últimos cinco anos, colaborou estreitamente com os socialistas e o grupo liberal Renew Europe.
Angela Merkel, a ex-chanceler alemã, é uma das figuras-chave associadas ao grupo.
Aliança Progressista de Socialistas e Democratas – é o segundo maior grupo do Poder Legislativo da UE.
Fortemente representado pelo Partido Socialista dos Trabalhadores do primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, o grupo enfatiza o combate ao desemprego e a promoção de sociedades mais equitativas.
Renovar a Europa – liderado pelo partido Renascentista do presidente francês Emmanuel Macron, é o terceiro maior. No entanto, enfraqueceu: teve 102 parlamentares neste mandato.
O resultado reflete a ascensão de deputados apoiados por Marine Le Pen.
Grupo Verdes – tem atualmente 72 assentos no Poder Legislativo da UE. Nas eleições para o Parlamento Europeu de 2019, o grupo foi fortalecido pelos protestos climáticos de 2019. Agora, perdeu assentos.
Esquerda Unitária Europeia – centrado nos direitos laborais, na justiça económica e na igualdade. Enfrenta incertezas devido a uma nova divisão na esquerda alemã, liderada pela ex-co-presidente do Die Linke, Sahra Wagenknecht.
Conservadores e Reformistas Europeus – promete uma posição firme em matéria de migração e abertura a uma maior cooperação dentro da UE.
Ganhou assentos num resultado que demonstra a força da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Identidade e Democracia – crescerá no Poder Legislativo da UE. Polêmicas o cercam devido à expulsão de deputados ligados ao partido de direita alemão, o AfD, acusados de neonazismo.
Apesar das críticas, mantém influência num contexto de crescente insatisfação dos eleitores devido ao aumento dos custos de energia e de vida na Alemanha.
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