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Lentidão e insabilidade persistem há mais de um mês no Sigo, o sistema de registros
Proprietária de uma casa desocupada no Bairro Vila Bandeirantes, em Campo Grande, conta não estar conseguindo registrar um BO (boletim de ocorrência) sobre o furto de um cavalete de água e o rompimento do lacre de relógio medidor de energia elétrica no local.
Ela fez três exercícios somente nesta semana. A primeira foi no feriado do Dia do Trabalhador, dia 1º, pelo site onde a própria vítima pode fazer um BO online. “Mas foi recusado, porque o registro tem que ser feito presencialmente dependendo do objeto furtado”, diz.
As outras duas tentativas foram feitas na 5ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Piratininga. O problema, dessa vez, foi a instabilidade do sistema Sigo.
“Estive pessoalmente na tarde de 2 de maio, mas não consegui fazer porque o Sigo estava fora do ar. Voltei pessoalmente à mesma delegacia em 3 de maio, às 11h, e mais uma vez não pude realizá-lo porque novamente o Sigo estava fora fazer ar”, relata.
A mulher explica que precisa oficializar a ocorrência para apresentar às empresas de saneamento e energia, Águas Guariroba e Energisa, para dar andamento ao processo de configuração do que foi furtado. Ela cobra solução imediata.
“É absurdo e inconcebível, que um cidadão de bem pagador de seus impostos, vítima de um crime, ainda seja mais penalizado com idas e boas-vindas frequentes até uma delegacia, não conseguindo registrar um BO”, se revolta a propriedade da residência na Vila Bandeirantes , que pediu para não ser identificado.
1 mês – A reportagem acompanha a instabilidade no sistema há mais de um mês. Em uma das visitas à delegacia durante o período, chegou a ver registros feitos à mão, para serem inseridos no sistema quando ele estivesse disponível.
O Sipon (Sindicato dos Policiais de Mato Grosso do Sul) se manifestou esta semana, alertando que a instabilidade pode gerar a subnotificação de crimes e causar prejuízos à segurança. A entidade protocolou um oficio junto à Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) tomando providências, mas ainda assim o sistema segue instável e também lento.
Em contato anterior com o Notícias Campo Grandea assessoria de imprensa da Sejusp informou que a instabilidade momentânea é causada pela manutenção para melhorias na infraestrutura do sistema, e que equipes trabalham para resolver o problema.
Neste sábado (4), a reportagem voltou a entrar em contato com a pasta questionando o prazo para uma solução definitiva. Não houve resposta até o fechamento desta matéria.
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