Lançado em 2019, o Arcade da Apple integra o rol de serviços por assinatura da Apple e está disponível em praticamente todos os produtos da empresa, incluindo o Vision Pro. Nos bastidores, porém, o serviço vem passando por incertezascom diversas críticas de desenvolvedores e uma possível reestruturação motivada pela concorrência.

Criadores de jogos ouvidos pelo Mobilegamer.biz expressaram descontentamento com vários aspectos do Arcade. Um ponto colocado por vários, por exemplo, foi a queda no valor de um bônus pago a cada vez que um título é jogado. Ele teria começado a diminuir em outubro de 2020 e continuar a cair com o tempo.

Nesse âmbito, a falta de transparência também foi algo destacado. Um desenvolvedor disse que a Apple tem uma métrica chamada “sessão de qualificação”, na qual os pagamentos de bônus são baseados. Não há, porém, transparência em relação ao que é exatamente essa sessão, qual a sua duração e/ou se estaria relacionada ao engajamento dos usuários, sendo uma “caixa-preta”.

Além disso, após uma restrição pelo qual o Arcade passou em 2021, a Maçã teria cancelado uma série de projetos, o que desagradou profundamente muitas pessoas. A empresa tampouco teria deixado desenvolvedores a par de sua estratégia, tendo repentinamente se desinteressado por um jogo após meses de desenvolvimento apenas afirmando que sua estratégia teria mudado, sem mais explicação.

Outros desenvolvedores também relataram que estão confusos com a direção que o serviço está seguindo; um chegou a dizer até mesmo que o Arcade teria “cheiro de morte”. Além da redução dos bônus para quem joga os jogos, a Apple teria cortado um pagamento fixo feito no início, ao integrar o jogo no serviço, desestimulando ainda mais os desenvolvedores.

Jogos lançados como “Grandes lojas de aplicativos” (versões de jogos já existentes), por exemplo, não recebem o pagamento inicial. Desse modo, a sua única fonte de renda são os pagamentos por “sessão de qualificação”, beneficiando jogos com maior retenção e prejudicando aqueles com narrativas mais curtas e indies, que vêm trazendo entre as novidades do Arcade.

Também foram registradas reclamações em relação aos pedidos para que os jogos sejam destacados na seção “Arcade” da App Store. Um desenvolvedor, por exemplo, afirmou que seria necessário implorar para que o jogo fosse exibido e que conseguisse tal divulgação seria como “tirar leite de pedra”. Entrar em contato com o suporte de marketing da Apple seria, ainda, outra tarefa difícil e demorada.

Perspectivas para o futuro

Apesar das críticas, com alguns apelos à Apple de “vingativa” e “maldosa”, o Arcade era mais vantajoso para os desenvolvedores no início, com pagamentos mais generosos e maiores comprovados. Um desenvolvedor, por exemplo, disse estar feliz com a existência do serviço, o que se tornou viável a criação de jogos premium para smartphones, enquanto outro afirmou que sua empresa não existiria sem o apoio da Maçã.

Um dos desenvolvedores ouvidos pelo Mobilegamer.biz afirmou que a entrada da Netflix no mercado de jogos por assinatura poderá motivar uma nova restrição no Arcade. Ao mesmo tempo, por exemplo, apesar de não oferecer os bônus por jogatina, seria mais fácil de se trabalhar e estaria pagando melhor os desenvolvedores, ainda que você esteja gastando mais de início para se estabelecer.

Outro leitor afirmou esperar que a Netflix continue com o trabalho no setor, visto que estaria exigindo que a Apple continuasse tentando continuar relevante e competitiva. O reforço da participação do Google no setor também poderia ser positivo, disse outro desenvolvedor.

Uma questão interessante apontada foi uma suposta falta de interesse por jogos na liderança da Maçã. Para o chefe de um estúdio de jogos, precisaria ter uma paixão por jogos que não existem hoje em dia, de modo que o Arcade não é valorizado ou não receberá investimento como o Apple TV+ ou o Apple Music.

Com a restrição de 2021, a empresa passou a valorizar mais jogos “para toda a família”, bem como jogos da categoria “Grandes lojas de aplicativos”. Títulos originais, pois, passaram a diminuir entre os aprovados, já que precisam atender aos novos critérios. Como uma nova mudança, outras configurações deverão ser estabelecidas, de modo a melhorar a relação com os desenvolvedores e as contribuições do serviço, embora não fique claro se tal transformação de fato ocorrerá.

O Apple Arcade conta com mais de 200 títulos no acervo (livros de propaganda ou compras internacionais), os quais podem ser acessados ​​por até cinco membros de um Compartilhamento Familiar por iPhones, iPads, Apple TVs e/ou Macs. O serviço de jogos creme R$ 14,90 por mês e também faz parte do pacote de assinaturas da empresa, o maçã um.

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