O Apple Music tem planos de dar um peso extra às músicas mixadas com Dolby Atmos na hora de pagar royalties para artistas, mesmo que os usuários não ativem o recurso ao ouvir. O formato está presente em quase todos os produtos da marca.
As informações ainda não são oficiais e foram obtidas pela reportagem da Bloomberg. A nova política visa criar artistas e gravadoras e adotarem o Dolby Atmosmesmo em trabalhos mais antigos, já disponíveis no streaming.
Segundo as fontes consultadas pela Bloomberg, mixar músicas no formato Dolby Atmos é acessível. Assim, o investimento deve valer a pena para gravadoras e artistas já específicos no mercado.
![Novo Echo Studio (imagem: divulgação/Amazon)](https://files.tecnoblog.net/wp-content/uploads/2022/09/novo-amazon-echo-studio-1060x596.jpg)
O Dolby Atmos é um formato de som surround, que busca criar uma experiência imersiva ao tentar imitar a disposição dos sons ao redor da cabeça do usuário.
Spotify não tem Dolby Atmos
O Apple Music tem suporte ao som espacial com Dolby Atmos desde 2021. Outros serviços de streaming também oferecem o formato, como o Tidal e o Amazon Music Unlimited.
Já o Spotify, líder neste mercado, não conta com a tecnologia. Ter mais artistas usando o Dolby Atmos seria uma estratégia para o Apple Music se diferenciar.
![Imprimir do celular com Spotify Wrapped aberto](https://files.tecnoblog.net/wp-content/uploads/2023/11/spotify-wrapped-2023-thassius-veloso-tecnoblog-5-1060x597.jpg)
Além do Apple Music, outros produtos da Apple funcionam com o Dolby Atmos, como AirPods, HomePod, iPhone, iPad, Mac e Apple TV. Nas outras marcas, o formato está presente em alguns smartphones e tablets da Samsung e Motorola, no smart speaker Amazon Echo Studio e nas soundbars da JBL, para ficar apenas em alguns poucos exemplos.
Streamings fazem mudanças nos salários
Se as novidades no pagamento de royalties forem confirmadas, a Apple se junta ao próprio Spotify e à Deezer na lista de empresas que fizeram mudanças nos sistemas de pagamentos.
No Spotify, a principal alteração será o fim do pagamento às músicas que não tenham 1 mil reproduções em 12 meses. A empresa diz que os valores ficam esquecidos e têm custos muito altos para serem processados.
A Deezer, por outro lado, vai pagar mais para quem tem poucos ouvintes, além de valorizar o “engajamento ativo”, quando o usuário procura um artista ou uma música.
Com informações: Bloomberg, A beira
Apple Music pode pagar mais para artistas que usam Dolby Atmos