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Apple só começou a trabalhar em IA generativa no final de 2022, revela reportagem

A essa altura do campeonato, é um consenso geral de que a Maçã está atrasada na corrida da inteligência artificial generativa. Embora nomes como Google e Microsoft já contem com produtos maduros nessa categoria, a gigante de Cupertino ainda precisa por seus pés nesse mundo.

Mas afinal, o quão atrasada a Maçã realmente está? Pois é exatamente essa pergunta que a mais nova reportagem publicada pelo Jornal de Wall Street respondedor buscou. Segundo o veículo, a empresa só foi “acordar para a vida” quando esse tipo de tecnologia já estava dominando as manchetes pelo mundo — o que, é claro, aconteceu primeiro com o Bate-papoGPTda OpenAI.

De acordo com o veículo, a virada de chave para a empresa só foi acontecer mesmo no final de 2022, quando o seu vice-presidente sênior de software, Craig Federighipassou suas férias de fim de ano testando o Co-piloto, da Microsoft, no GitHub. Ao que parece, o executivo ficou tão consciente com a ferramenta (a qual é empurrada pelo ChatGPT) que, logo depois, tentou suas equipes para trabalharem no maior número de ferramentas de IA possíveis para os sistemas operacionais da Apple.

O desenvolvimento desses recursos, porém, não aconteceu sem os seus percalços. Ainda segundo a reportagem, o tempo liderado por Federighi passou a trabalhar nos seus próprios modelos IA (focados em imagens e vídeo) de forma independente, o que causou um certo desconforto com a equipe liderada por João Giannandreachefe de IA e aprendizado de máquina da empresa.

Enquanto a equipe de software tinha um estilo de trabalho mais regrado, com prazos determinados para a conclusão de projetos, a equipe de IA e aprendizado de máquina adotava um fluxo de trabalho mais descontraído, parecido com o que é possível encontrar no Google — o que faz sentido, uma vez que Giannandrea saiu justamente de lá para trabalhar na Maçã. A equipe de Giannandrea também sofreu com uma escassez de recursos computacionais, o que teria feito recorrendo regularmente aos serviços de nuvem da desenvolvedora do Android.

Essa dissonância entre as duas equipes teria contribuído para uma falta de direção dentro da Apple envolvendo IA, o que atrasou ainda mais a entrada da empresa nesse mercado. Ao que tudo indica, porém, as duas já estariam bem mais homologadas, e o “alto comando” da empresa também estaria mais disposto a riscos tomar envolvidos LLMs, o que facilita os esforços das duas equipes.

Estejam as duas equipes cooperando ou não, a verdade é que provavelmente veremos os primeiros frutos do seu trabalho na semana que vem, durante um WWDC24, a qual entrega já na segunda-feira (10/6) e se estenderá até a sexta-feira (14/6). Entre as mudanças esperadas, estão novos recursos de IA generativa para Siri e uma parceria com a OpenAI para trazer o ChatGPT para o iOS 18.

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