Sob o presidente Luis Arce, a crise da Bolívia aprofunda-se, levando-o a procurar apoio militar em 27 de Maio para combater um suposto “golpe suave” durante as lutas económicas.

Dirigindo-se ao regimento Colorados, sua unidade de guarda, ele citou o agravamento dos desafios econômicos.

Bloqueios de estradas e protestos de trabalhadores de transportes pesados ​​e comerciantes informais estão por vir.

Exigem um melhor acesso a dólares e combustível, que têm sido alvo de racionamento há meses. Arce argumenta que estas questões são exageradas para desestabilizar o seu governo.

Ele afirma: “Enfrentamos alguns problemas de disponibilidade de dólares, mas não estamos numa crise económica total”.

A sua administração enfrenta a oposição tanto de rivais tradicionais como de apoiantes do antigo mentor, o ex-presidente Evo Morales.

Arce da Bolívia pede apoio militar contra ‘planos de golpe suave’. (Foto reprodução na Internet)

As reservas em dólares no Banco Central da Bolívia caíram para níveis mínimos em Fevereiro de 2024, levando a retiradas restritas de dólares.

Inicialmente definido em US$ 200 diários, esse limite caiu para US$ 100. Limites mensais de saque e restrições ao uso de cartões estrangeiros já estão em vigor.

No mercado paralelo, os dólares têm um prémio de 20% sobre as taxas oficiais. Os importadores de grandes somas enfrentam uma comissão bancária de 10%.

Esta disparidade de taxas levou a uma oferta limitada de dólares pelos bancos, criando atritos com o governo.

As autoridades multaram os bancos por comissões elevadas e acusaram-nos de acumular dólares. Os bancos responderam destacando a dívida de 2,5 mil milhões de dólares do Banco Central.

No início de Maio, o Banco Central tinha apenas 139 milhões de dólares em reservas. A oferta de dólares depende dos exportadores, que vendem dólares a taxas elevadas.

Arce da Bolívia pede apoio militar contra ‘planos de golpe suave’

Funcionários do governo observam que alguns exportadores estão hesitantes em repatriar lucros, sem sanções rigorosas em vigor.

O aumento dos custos na Argentina trouxe inflação para a Bolívia, afectando a estabilidade de preços e a popularidade de Arce, mas ele ainda lidera nas sondagens eleitorais.

Em 2023, as importações da Bolívia ultrapassaram as exportações em 500 milhões de dólares, esgotando a disponibilidade de dólares.

O défice comercial resulta em grande parte da importação de 80% do seu combustível, após o colapso da indústria nacional de hidrocarbonetos.

No ano passado, a Bolívia exportou 2,3 ​​mil milhões de dólares em gás, mas importou 3 mil milhões de dólares em produtos combustíveis.

Os preços subsidiados causam contrabando, levando a controlos mais rigorosos na venda de combustíveis e perturbando sectores como a agroindústria e os transportes.

O debate centra-se frequentemente na existência de crises. À medida que as eleições se aproximam, as tensões políticas aumentam, alimentadas por alegações de conspiração.

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