Major G. Santos, Manelão e Diego Sousa foram exonerados nesta quinta-feira

Major Gilberto Luiz dos Santos é reserva remunerada da PM desde 2017 (Foto: Reprodução)

Presos na operação que investiga o jogo do bicho em Campo Grande, o policial militar aposentado, Gilberto Luiz dos Santos, conhecido como Major G. Santos, Manoel José Ribeiro, o “Manelão”, que também é PM da reserva remunerada, e Diego de Sousa Nunes foram exonerados da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (7). Os três foram lotados no gabinete do deputado estadual Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PL).

As exonerações, assinadas pelo presidente da Casa, deputado Gerson Claro (PP), estão publicadas no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de hoje, dois dias após as prisões.

G. Santos, Manelão e Diego são alvos do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), que saíram às ruas de Campo Grande e Ponta Porã nesta terça-feira (7) com a Operação Successione, em busca de provas contra esquema de exploração do jogo do bicho na Capital.

A “guerra” travada nas ruas da cidade pelo controle da loteria ilegal após a prisão de Jamil Name e do filho dele, Jamilzinho, em 2019, colocou um grupo que teria envolvimento com a jogatina na mira do Gaeco.

Successione, em italiano, “faz alusão à disputa pela sucessão do controle do ‘jogo do bicho’ em Campo Grande”, divulgou o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), órgão do qual o Gaeco faz parte. Faz lembrar o batismo de outra operação: a Omertà, do termo em latim que se refere ao pacto de silêncio exigido pelo comando da máfia italiana.

A operação prendeu 10 pessoas e cumpriu 13 mandatos de busca e apreensão.

Em outubro deste ano, o Major G. Santos e Manelão foram encontrados com a “turma do baralho”, na propriedade do Monte Castelo, onde foram apreendidas 700 máquinas para a coleta de apostas do jogo do bicho. Os militares chegaram a ser prolongados para o Garras, mas foram liberados.

Neno Razuk nega qualquer ligação “com o jogo do bicho em Campo Grande” e diz que “não tem nada a temer”. “Não sou criminoso”, disse em entrevista na Assembleia Legislativa na manhã da operação.

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