Natalia Oreiro está sendo acusada de promover valores não tradicionais em violação das leis do país

A atriz e cantora uruguaia Natalia Oreiro deveria ser privada da cidadania russa por promover valores LGBTQ, em violação da legislação do país, insistiram ativistas.

No início desta semana, o grupo de direitos humanos Radetel, de Novosibirsk, no centro da Rússia, apresentou uma queixa ao Gabinete do Procurador-Geral russo e ao Ministério do Interior sobre o comportamento da estrela de televisão e cinema latino-americana.

Oreiro, que é querida na Rússia por seu papel na novela argentina ‘Wild Angel’ (Muneca Brava) de 1998-1999, obteve passaporte russo em 2021, seguindo os passos de outras celebridades estrangeiras como os atores Steven Seagal e Gerard Depardieu, o boxeador Roy Jones Jr. e o lutador de MMA Jeff Monson.

Na época, a atriz disse que não planejava morar permanentemente na Rússia, mas sugeriu em uma entrevista que poderia ter uma casa de campo lá quando se tornasse avó. Ela também possui cidadania uruguaia e espanhola.

Durante sua carreira, Oreiro estrelou dezenas de programas de TV e filmes em espanhol, incluindo ‘I’m Gilda’, ‘Super Crazy’ (Re Loca) e ‘Clandestine Childhood’ (Infancia Clandestina). Como cantora, a cantora de 45 anos vendeu mais de 10 milhões de discos em todo o mundo, sendo indicada ao Grammy Latino e outros prêmios.

Na denúncia, a Radetel destacou que Oreiro participou de um evento LGBTQ fora do parlamento argentino em Buenos Aires, no início de novembro, e “atuou de topless” no palco.

A atriz tem promovido “consciente e deliberadamente” valores não tradicionais há muitos anos, afirmaram, descrevendo Oreiro como “um dos principais ‘ícones gays’ da América Latina”. A denúncia também listou outros exemplos de apoio de Oreiro à agenda LGBTQ, incluindo a participação em uma sessão de fotos nua em 2022, usando apenas botas de cano alto com as cores do arco-íris.

Tornar-se um cidadão russo naturalizado exige um juramento de cumprimento da constituição e das leis do país e de respeito pela cultura, história e tradições da Rússia, disse o grupo ativista. “A realização de ações públicas destinadas a promover relações não tradicionais viola as disposições da Constituição e das leis russas”, insistiu.

Os ativistas afirmaram que Oreiro “prestou conscientemente um juramento falso” quando obteve o seu passaporte russo, o que os faz “acreditar que há motivos para rescindir a sua cidadania russa”.

A Rússia proibiu inicialmente a “propaganda LGBTQ” dirigida a menores em 2013. Em dezembro passado, o presidente Vladimir Putin assinou outra lei que introduz multas pesadas para qualquer pessoa considerada culpada de promover “relações sexuais não tradicionais”, pedofilia e transgenerismo entre menores e adultos através de livros, cinema, mídia ou publicações on-line.

(RT.com)

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