Esta semana, os mercados estão agitados quando Argentina, Brasil e Colômbia revelam os números do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de maio de 2024.
Além disso, o Peru decidirá sobre as taxas de juro, marcando um momento crucial tanto para investidores como para decisores políticos.
Na Argentina, as expectativas apontam para a continuação da desaceleração da inflação, que apresenta tendência de queda há cinco meses consecutivos, agora estimada em 6,0%.
Esta tendência reflecte uma queda nos gastos dos consumidores e o ritmo lento do peso, o que ajuda a conter os preços dos bens transaccionáveis.
No entanto, os desafios persistentes impedem qualquer maior flexibilização das taxas de juro, especialmente com a moeda do país a mostrar vulnerabilidade.
O Brasil apresenta um cenário contrastante, onde as taxas de inflação estão subindo, previstas em 3,92% ao ano.
Apesar deste aumento, a inflação subjacente permanece estável, sugerindo um ambiente económico controlado.
Estes números sugerem ligeiros desvios da meta do banco central, influenciados por um equilíbrio dos indicadores monitorados.
A Colômbia também mostra sinais promissores, com uma descida prevista nas taxas de inflação geral e subjacente para 7,07% ao ano, sugerindo que o alívio está no horizonte.
Esta diminuição esperada resulta da diminuição dos riscos ambientais e de um declínio geral nos números do mês passado.
Como resposta, o banco central deverá continuar a sua estratégia de redução das taxas, com o objectivo de reforçar o crescimento económico.
O banco central do Peru prepara-se para reduzir a sua taxa básica de 5,75% para 5,5% num contexto de abrandamento da inflação e de crescimento estagnado.
Esta mudança política significativa segue-se a uma redução total de 225 pontos base, destacando uma estratégia cautelosa mas proactiva.
Estes eventos mostram as mudanças económicas da América Latina impulsionadas pela inflação e pela política no meio de factores globais.
Os seus resultados impactam os mercados locais e revelam a resiliência das economias emergentes num mundo dinâmico.
Eventos Econômicos da Semana por País e Dia:
Argentina
- Na quinta-feira, 13 de junho, o IPC de maio de 2024 revelará um quinto mês de desaceleração da inflação para 6,0%.
- Uma queda significativa no consumo, o mandato de Milei, o lento progresso do peso e os atrasos nos ajustes de regulação de preços impulsionam esta previsão.
Brasil
– Na terça-feira, 11 de junho, será divulgada a CPI de maio de 2024. Os analistas prevêem que os preços ao consumidor no Brasil subiram em maio a uma taxa consistente com as leituras de meados do mês, atingindo 3,92% em termos anuais.
Colômbia
- Na terça-feira, 11 de junho de 2024, o IPC pode cair para 7,07% ano a ano, de 7,16% em abril, acima da meta de 3%.
- Na sexta-feira, 14 de junho, os analistas esperam que as vendas no varejo em abril de 2024 aumentem 1,4% com relação ao ano anterior, após quedas em março e fevereiro.
- No mesmo dia, os analistas divulgarão dados de produção industrial de abril de 2024, mostrando potencialmente um aumento anual de 7,6%, superando as desvantagens sazonais de março.
Peru
- Na quinta-feira, 13 de junho, a Reunião de Política Monetária do Banco Central deverá reduzir a taxa referencial de 5,75% para 5,5%.
- Este ajustamento totaliza uma flexibilização de 225 pontos base neste ciclo, após cortes de 25 pontos base em Maio e Abril.