O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e a gigante da mineração Vale anunciaram na segunda-feira um processo de licitação pública para selecionar um fundo de investimento para investir em minerais relacionados à transição energética, descarbonização e fertilização.
“Com o objetivo de desenvolver novas minas, o fundo será uma importante ferramenta para financiar a pesquisa mineral”, disse o BNDES em nota.
A licitação terá início em 1º de julho e término em 23 de julho. A proposta vencedora será anunciada no início de outubro de 2024.
A BNDESPAR – subsidiária do BNDES que realiza a capitalização de empreendimentos de grupos privados – e a Vale comprometerão entre R$ 100 e 250 milhões (US$ 19,2 a 48,2 milhões) no fundo, cada uma detendo uma participação máxima de 25%. Portanto, os investidores são obrigados a prometer pelo menos R$ 200 milhões (US$ 38 milhões).
Não existe uma definição universalmente aceita de minerais críticos. De acordo com as regras da licitação, o fundo investirá em empresas com ativos no Brasil incluindo “cobalto, cobre, estanho, grafite, lítio, manganês, metais do grupo da platina (PGMs), molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, terras raras, titânio, tungstênio, urânio, vanádio, zinco, fosfato, potássio ou outros minerais para promover a fertilidade do solo, incluindo remineralizantes.”
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse em nota que o novo fundo “contribui diretamente para os objetivos estratégicos” da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “de ampliar a capacidade produtiva da indústria brasileira”, além de “contribuir para a transição ecológica justa e descarbonização e incentivar o mercado de capitais a atuar neste setor.”
O CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou em comunicado que a empresa está “orgulhosa de fazer parte desta iniciativa, que está alinhada com a nossa visão de longo prazo sobre a relevância crucial dos minerais críticos para o crescimento econômico global de forma sustentável e diversificada”.
Em Março de 2023, José W. Fernandez, subsecretário dos EUA para o crescimento económico, energia e ambiente, disse que o Brasil “pode ser uma potência mineral crítica” numa altura em que o mundo está “sede e faminto” deles.
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