Cidade ficou em 26ª e apresentou nota zero em cumprimento de obrigações financeiras, aponta relatório

Vista aérea do Centro de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Campo Grande foi evolução em último lugar no ranking da situação fiscal das capitais de 2022 do IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal). Apesar de ter aumentado a receita, com R$ 421 milhões a mais em relação a 2021, a cidade ficou em 26ª na colocação geral e apresentou nota zero no quesito liquidez, que aponta o cumprimento das obrigações financeiras, conforme o levantamento da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

O índice geral da Capital é de 0,39, bem abaixo da média dos índices das capitais, que é 0,74. A média brasileira, considerando todas as cidades, é 0,62.

Com baixo nível de investimentos, João Pessoa (PB), Cuiabá (MT) e Campo Grande tiveram as piores notas. São as três únicas capitais que estão abaixo da média quando se consideram todos os municípios do país. As duas últimas declarações relataram nota zero no cumprimento de obrigações financeiras, empurrando boa parte das despesas para os anos seguintes.

Cuiabá (MT) ficou em penúltimo lugar com índice 0,55 e João Pessoa (PA) em 24º com 0,59. A capital com melhor índice é Salvador (BA) com 0,98. Em segundo lugar está Manaus (AM) com 0,91 e em terceiro São Paulo com índice 0,85.

O IFGV é obtido a partir de um levantamento de dados de cada cidade e apresenta quatro índices: autonomia, que é a capacidade de financiar a estrutura administrativa; a gestão com pessoal, que se refere ao grau de restrição do orçamento em relação aos gastos com servidores; liquidez, que aponta o cumprimento das obrigações financeiras; e os investimentos, que mostram a capacidade de gerar bem-estar e competitividade.

Para cada índice há uma pontuação que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, melhor a situação fiscal do município e, quanto menor, pior é o desempenho.

A Firjan também afirma que a fotografia de 2022 não representa a situação atual dos municípios brasileiros e que a perspectiva é de piora dos dados nos próximos anos.

Segundo a entidade, uma melhoria passa por questões como a aprovação da Reforma Tributária, que redistribui a arrecadação sobre o consumo, favorecendo os municípios menores, e a revisão das regras para partilha dos recursos federais.

A entidade também destaca a necessidade de uma reforma administrativa, que inclua os municípios, e a aplicação da Reforma da Previdência aos regimes de contratação dos servidores públicos locais.

Índices – Campo Grande foi excepcional com nota 1 em autonomia, ou seja, tem excelência quando o assunto é a capacidade de financiar a própria estrutura considerando a receita local. Nesse item, a média das capitais é 0,91.

O índice de gastos com pessoal da Capital ficou em 0,09, enquanto a média das capitais é de 0,80. Já em investimentos, Campo Grande tem índice de 0,46, enquanto a média é de 0,47.

A secretária Municipal de Finanças e Planejamento, Márcia Hokama, informou ao Notícias Campo Grande que vai ler a publicação da Firjan para então poder comentar os índices apontados pelo levantamento em relação à cidade.

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