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A operação policial apreendeu 27 cavalos, na madrugada deste domingo (18), na cidade de Aral Moreira, a 397 km de Campo Grande. Os animais foram transportados para o Paraguai, onde foram transformados em embutidos, como mortadela e salsicha. O motorista do caminhão boiadeiro afirmou que realizaria a compra, revenda e transporte desses animais com frequência.
A investigação da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) e da Iagro (Agência Estadual de defesa Sanitária Animal e Vegetal) começou a partir de uma primeira apreensão, no dia 4 de fevereiro, de 28 animais. Foi montada uma força-tarefa para monitorar o transporte ilegal.
Parado na MS-386, em Aral Moreira, o caminhão levava 27 cavalos, que foram carregados no município de Potirendaba (SP). O contorno que roubou cada um motorista por R$ 300, totalizando R$ 8,1 mil. A revenda sairia por R$ 21,6 mil. Os animais tinham um assentamento na fronteira como destino.
Os médicos veterinários de Iagro constataram que os animais estavam extremamente debilitados e com machucados, transportados em gaiola metálica sem o piso emborrachado “ou que contrariassem as boas práticas de manejo no transporte recomendados pelo Ministério da Agricultura, caracterizando de maus-tratos para com os animais”, diz nota da Polícia Civil.
Segundo informado pelo motorista, os cavalos eram refúgios de fazendas, denominados pangarés, e o receptador os encaminhava para consumo humano no país vizinho, Paraguai, utilizados como embutidos, mortadela, entre outros produtos de origem animal.
O preso, de 48 anos, afirmou que em mídia realizava quatro viagens dessa modalidade por mês.
A ocorrência foi apresentada na 1ª Delegacia de Ponta Porã. “A prisão ressalta a importância da repressão a alimentos descaminhados e contrabandeados sem registro no Ministério de Agricultura e Pecuária – MAPA, pois a produção de alimentos com carne de animais doentes traz sérios riscos à população”, enfatizou a Polícia Civil.
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