Um inquérito recente realizado a 22 mil cidadãos do G20 revelou um forte apoio ao aumento dos impostos sobre os ricos e as empresas.

Dois terços apoiam um imposto sobre a riqueza, enquanto 70% são a favor de impostos mais elevados sobre o rendimento para os ricos e 69% apoiam o aumento dos impostos sobre as sociedades.

A Ipsos recolheu estes dados para a Earth4All e a Global Commons Alliance, indicando um movimento em direção à justiça financeira.

O entusiasmo por um imposto sobre a riqueza varia, com forte aprovação na Indonésia, Turquia, Reino Unido e Índia.

Mesmo em países menos solidários como a Arábia Saudita, a Argentina e a Dinamarca, mais de metade da população apoia estas medidas.

Da mesma forma, grandes economias como os EUA, França e Alemanha mostram apoio maioritário.

O inquérito também revela uma preocupação generalizada com o planeta, com 71% a acreditar que temos apenas dez anos para evitar danos ambientais irreversíveis.

Esta urgência é sentida de forma aguda no México, no Quénia, na África do Sul e no Brasil, mas menos na Arábia Saudita, no Japão, nos EUA e na Itália.

Cidadãos do G20 expressam forte apoio aos aumentos de impostos corporativos e de riqueza. (Foto reprodução na Internet)

O consenso também se estende ao financiamento de programas de proteção ambiental, redução da desigualdade e promoção da saúde.

Há um forte apoio à energia verde, aos cuidados de saúde universais e a melhores direitos laborais.

Cidadãos do G20 expressam forte apoio aos aumentos de impostos corporativos e de riqueza

O apelo a grandes reformas vai além das questões ambientais e fiscais, abrangendo sistemas políticos e económicos mais amplos.

Cerca de 65% sentem que os seus sistemas de governação necessitam de revisões significativas.

O optimismo varia, com 62% dos cidadãos do G20 esperançosos quanto ao seu futuro, embora menos esperançosos quanto às perspectivas do seu país ou do mundo, especialmente na Europa.

À medida que o G20 se prepara para uma cimeira na Arábia Saudita, a reforma fiscal é uma agenda fundamental.

O Ministro das Finanças do Brasil propôs recentemente um imposto global sobre a riqueza ao Papa Francisco, visando uma taxa de 2% sobre os bilionários para gerar 250 mil milhões de dólares.

Apesar da oposição dos EUA, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva apoia a iniciativa, destacando a presidência do Brasil no G20.

Estes dados marcam um momento crucial na ética financeira global, impulsionando um impulso colectivo no sentido de colmatar lacunas de riqueza e financiar projectos vitais de sustentabilidade.

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