Caminhões-tubos e projetos para perfuração de população de poços devem atender a curto prazo

Ministra Sônia Guajajara, ao centro, após reunião com prefeitos (Foto: Juliano Almeida)

Prefeitos de 16 municípios de Mato Grosso do Sul reuniram-se nesta quarta-feira com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, em Campo Grande. Durante o encontro foram discutidas soluções para a falta de água potável em comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul.

“Fizemos algumas reivindicações, umas delas a rede de água potável. É notável o crescimento que a comunidade indígena teve e a falta de água vem assolando esses municípios. Um desses pedidos foi a rede de água. Outro foi a criação de um novo DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena)”, disse o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Valdir Júnior (PSDB), prefeito de Nioaque.

Em janeiro, o Notícias Campo Grande mostrou a situação de extrema pobreza no entorno das aldeias Bororó e Jaguapiru, que atingiu 200 famílias da etnia guarani kaiowá apenas a 2 km de Dourados.

Ricardo Weibe Tapeba, secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, afirmou que está estabelecendo parceria para perfuração de poços e prazo curto para contratação de caminhões-pipa. “Emergencialmente temos a contratação de novos carros-pipa e estamos discutindo com a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) a perfuração de poços, buscando dar conta dessa demanda reprimida no Estado, disse.

Segundo Tapeba, estão sendo feitas algumas parcerias com a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Sanesul e Itaipu. “O diagnóstico que temos aqui será cuidado a partir desse nosso programa nacional de saneamento também nos territórios indígenas no Brasil”, completou.

Prefeitos e a ministra Guajajara, ao centro com cocar branco (Foto: Juliano Almeida)
Prefeitos e a ministra Guajajara, ao centro com cocar branco (Foto: Juliano Almeida)

Visita – A ministra Sônia Guajajara falou brevemente apenas sobre a passagem por Mato Grosso do Sul. Após a reunião na sede da Assomasul, na Capital, Guajajara segue para Nioaque, a 179 km da Capital, com a comitiva dos Povos Indígenas.

“A ideia é aproximar essa relação, pensar na implementação de políticas públicas dentro dos territórios indígenas, participar da assembleia do Conselho Terena. Estamos juntos com o Congresso Nacional, Funai, Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), nossa caravana, acompanhando as escolhas dos representantes do Conselho Nacional de Política Indigenista, criado em 2015 e suspenso nos últimos seis anos”, cita a ministra sobre o programa relançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Um ministro também foi questionado sobre o processo de demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul, mas quem respondeu sobre o tema foi Maria Janete Albuquerque, diretora de Proteção Territorial da Funai (Fundação Nacional do Índio). Ela explicou que a terra indígena Cachoeirinha não está com processo de demarcação física confirmado.

“Já foi declarado como terra indígena. Alguns outros estudos estão em processo de finalização e estamos conseguindo retomar os trabalhos de demarcação que estavam paralisados ​​há alguns anos. E como foi posto pelos prefeitos pode trazer problemas se as pessoas não tiverem a finalização desses processos.

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