No Parque do Sol, local terá sala especial para atendimentos da Defensoria Pública e parquinho

Sede do Conselho Tutlear do Anhanduizinho, 6º em Campo Grande. (Foto: Juliano Almeida)

Inaugurado esta tarde, o prédio do novo Conselho Tutelar de Campo Grande, no bairro Parque do Sol, terá sala especial para atendimentos da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, além de parquinho e brinquedoteca. Presente no ato, a prefeita Adriane Lopes (Progressistas) disse que a região do Anhanduizinho, onde o prédio está localizado, é a mais populosa da Capital. “Esse conselho vem de encontro às necessidades de atendimento às nossas crianças. Hoje é um dia importante na construção dessa proteção”.

O presidente da Acetems (Associação dos Conselheiros Tutelares de Mato Grosso do Sul), Adriano Vargas ficou animado com o local e afirmou que a região onde o novo conselho vai funcionar, Anhanduizinho, é onde há mais casos contra crianças e adolescentes.

“Nos últimos quatro anos, mais de 60 mil atendimentos foram realizados pelos Conselhos Tutelares em Campo Grande, mas infelizmente, não conseguimos chegar em todas as situações. Desses 60 mil, só no Anhanduizinho, foram 30 mil atendimentos”, disse.

Segundo ele, o “caso Sophia” – menina de 2 anos que passou por diversos atendimentos de saúde e por conselho tutelar, mas acabou morrendo por maus tratos em janeiro do ano passado – trouxe “luz” à atuação dos conselhos. “O caso da Sofia sem dúvida é um caso que traz luz para a questão da violência contra crianças e adolescentes e a precariedade da rede”, comentou.

Vargas disse ainda que após a pandemia de covid-19, “aumentou o quantitativo de denúncias e infelizmente, a morte das crianças vítimas de violência trouxe à tona essa questão e a gente começou a externo qual a realidade daqueles que trabalham na ponta, dos conselhos tutelares ”, citando que havia cinco conselhos quando o ideal seria 10.

“A gente tinha uma delegacia que não funciona 24 horas e só funciona em horário comercial, quando a maior parte das violências contra crianças e adolescentes acontecem dentro de casa à noite e no final de semana, quando uma família está próxima. A gente começou a sugerir procedimentos que às vezes demoraram na mão do Judiciário, do Ministério Público. É importante ter mais conselhos, mas tem que funcionar o sistema todo”, citou.

O defensor público Pedro Paulo Gasparini disse que apenas em 2023, a Defensoria Pública atendeu a seis mil casos de maus tratos ou abusos contra crianças e adolescentes e “infelizmente houve um aumento no número de violência, mas ao mesmo tempoa estrutura municipal está conseguindo atender”, comentou.

Outros dois conselhos nas regiões do Prosa e do Imbirussu serão realizados em abril e maio, respectivamente. O 6º conselho reunido hoje funciona no prédio onde havia o Cecapro (Centro de Capacitação Profissional).

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