Na quinta-feira, o governo catalão anunciou uma emergência devido a uma grave seca em Barcelona e áreas próximas.
Esta situação, descrita pelo líder regional Pere Aragonès como a mais grave num século, exige restrições de água para seis milhões de residentes.
Estas medidas afectam significativamente a agricultura, os cuidados com os animais e os processos industriais.
Aragonès enfatizou a natureza sem precedentes desta seca, citando o baixo nível de precipitação recorde ao longo de três anos.
Consequentemente, quando os reservatórios caíram abaixo de 16%, as autoridades ativaram protocolos de emergência.
A primeira das três fases de emergência introduz cortes drásticos: 80% para irrigação agrícola, abaixo dos 40%, e reduções para pecuária e uso industrial.
Mais de 200 municípios, especialmente em Barcelona e Girona, devem agora aderir a limites mais baixos de consumo de água.
Exceder esses limites pode levar a penalidades e redução da pressão da água.
As restrições estendem-se à irrigação não essencial e ao reabastecimento de piscinas públicas, impactando diretamente o turismo.
Novas quedas nos níveis da água levarão a medidas mais severas, incluindo a proibição total de certos usos da água.
O governo catalão poderá até importar água se as condições piorarem.
A Ministra da Transição Ecológica da Espanha, Teresa Ribera, deverá discutir a crise com as autoridades catalãs.
Entretanto, o impacto mais amplo da seca é evidente em regiões como a Andaluzia, onde futuras restrições hídricas são uma possibilidade.
Os críticos, incluindo o Greenpeace, argumentam que a má gestão agrava a seca.
A situação realça a vulnerabilidade de Espanha às alterações climáticas, com o aumento dos fenómenos meteorológicos extremos e dos riscos ecológicos, como a ameaça ao parque natural de Doñana.
Esta crise sublinha a necessidade de estratégias abrangentes de gestão da água e de adaptação climática.