Desemprego em Angola sobe para 31,9%

Nos últimos três meses de 2023, a taxa de desemprego em Angola subiu para 31,9%, marcando um aumento de 2,2%.

Cerca de 80,5% da força de trabalho tem emprego informal, de acordo com estatísticas recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola.

O INE destaca a presença significativa de empregos informais em Angola, onde 88,5% das mulheres empregadas e 72,2% dos homens empregados trabalham fora dos sectores formais.

As zonas rurais apresentam uma taxa mais elevada de trabalho informal, de 95,5%, em contraste com 69,2% nas zonas urbanas. Isto aponta para os diferentes cenários económicos em todo o país.

Angola tem aproximadamente 5,4 milhões de pessoas sem emprego, com as mulheres enfrentando taxas de desemprego ligeiramente mais elevadas do que os homens.

As áreas urbanas registam uma taxa de desemprego muito mais elevada, de quase 42%, em comparação com 11,4% nas regiões rurais.

Comparando o último trimestre do ano passado com o mesmo período de 2022, o número de desempregados aumentou 11,1%.

Isto reflete um aumento de 2,2% na taxa de desemprego, ou uma variação de 7,5% em relação ao ano anterior.

O INE diferencia entre a contagem de desempregados e a taxa de desemprego.

Este último estima a percentagem de pessoas sem trabalho, formal ou informal, que estão preparadas e dispostas a trabalhar. Isto fornece informações sobre a capacidade do mercado de trabalho para satisfazer a procura de emprego.

O emprego informal em Angola abrange indivíduos com 15 anos ou mais de idade que trabalham no sector privado, cooperativas, associações, igrejas, ONGs ou trabalho independente.

Estes trabalhadores estão muitas vezes em unidades não registadas, sem apoio social e não inscritos na segurança social.

O mercado de trabalho de Angola enfrenta dificuldades, dependente do trabalho informal, com disparidades de emprego urbano-rurais destacando desafios profundamente enraizados.