Envolvidos foram presos ontem, um dia depois do cárcere que ocorreu em área de festas em Caiobá

Viatura da Polícia Militar na casa onde um dos ladrões foi morto. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

A Justiça Estadual em audiência de custódia determinou a prisão preventiva de Valdir de Oliveira Lopes Filho, 23, um dos sequestradores que fez comerciantes reféns em salão de festas no bairro Caiobá, mas concedeu liberdade provisória a Kevelyn da Silva Araújo, 25 anos, que alugou o espaço onde o cárcere e a extorsão aconteceram. Ela será monitorada por tornozeleira.

Na audiência de custódia, realizada esta manhã, o juiz Giuliano Máximo Martins entendeu que, no caso de Valdir, “a medida extrema se mostra indispensável, tendo em vista a gravidade concreta do delito teoricamente praticado, consistente no crime de extorsão qualificado mediante concurso de pessoas e grave ameaça exercida pelo emprego de arma de fogo”.

Também sustentou que há outras passagens de Valdir, “principalmente quando era menor de idade (…), sendo inclusive evadido do Sistema Prisional (…), aliado ao fato do crime ter sido praticado mediante violência ou grave ameaça à pessoa , de modo que infiro não seja inferior a concessão de medidas cautelares mais brandas”.

Já em relação a Kevelyn, Martins avaliou que, apesar de “não é o caso de se relaxar a prisão em flagrante”, acabou levando em conta que “trata-se de autuada com residência fixa e ocupação lícita. Além disso, é genitora de 03 filhos menores, os quais referem de seus cuidados”. Entretanto, aplicou medidas cautelares – tornozeleira – e ainda, manter endereço atualizado.

Pelos próximos 180 dias, ela deverá comparecer pessoalmente em Juízo, a cada dois meses; não sair de Campo Grande sem autorização judicial; e manter o recolhimento noturno, das 20 horas às 6 horas.

Caso – Por volta das 7h desta quinta-feira (4), uma equipe policial foi informada sobre uma extorsão mediante sequestro. Na ocasião, a informação era de que três comerciantes do camelódromo foram atraídos para fechar um negócio na região do Portal Caiobá e acabaram sendo rendidos pela dupla armada.

Equipes da Polícia Militar da região foram acionadas pelas vítimas logo após os criminosos fugirem. Em seguida, os policiais do Choque chegaram. No local, os rapazes contaram que foram encurralados por dois homens que passaram a exigir dinheiro, mas nenhum deles tinha no momento e então foram agredidos pela dupla.

Um dos rapazes conseguiu escapar para o banheiro e se trancou, momento em que um dos sequestradores deu tiro na porta e ao abrir passou a bater ainda mais na vítima que teve as mãos amarradas. Logo após a sessão de tortura, um deles fez uma transferência de R$ 16 mil e os bandidos fugiram.

Os policiais então foram até a Rua dos Meninos e encontraram a casa onde o suspeito estava. Ainda assim, de acordo com o subcomandante do Batalhão de Choque, major Anderson Nascimento, Geovane estava armado com uma pistola e ofereceu resistência. Ele então foi atingido por disparo de arma de fogo e chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu. Com ele foram descobertas outras três armas, totalizando cinco apreendidas.

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