No Dia da Mulher, que se realiza neste dia 8 de março, os bancários destacam-se como um exemplo de união e força.

Diretoras do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região. (Foto: Divulgação)

Através de sua luta constante pela igualdade de direitos e oportunidades, elas inspiraram outras mulheres a romper barreiras e conquistar seus objetivos. Ao longo dos anos, os bancos se organizaram e se uniram em sindicatos e associações, o que resultou em importantes conquistas, como a igualdade de oportunidade, a licença-maternidade de seis meses, a conquista do auxílio-creche em 1986, a adoção de medidas para combater o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, além de garantir a proteção e assistência às vítimas dessas práticas.

“A categoria bancária tem um histórico de avanços importantes na luta por igualdade de oportunidades que se torna exemplo para as demais categorias. Unimos nossas vozes e conquistamos importantes vitórias que beneficiam não apenas a nós mesmos, mas todas as mulheres que almejam um ambiente de trabalho mais justo e igualitário”, destaca a bancária e presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Neide Rodrigues .

Neide Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Bancários pelo segundo mandato consecutivo (Foto: Divulgação)
Neide Rodrigues, Presidente do Sindicato dos Bancários pelo segundo mandato consecutivo (Foto: Divulgação)

As mulheres bancárias representam 48,8% do total de postos de trabalho nas instituições bancárias e chegam a ser um pouco mais da metade nas gerenciamentos (53,4%). Apesar desses avanços e conquistas, ainda há desafios a serem enfrentados, como a equiparação salarial e maior presença nas cargas de direção das empresas.

Violência contra as mulheres

Os bancos também são referência na luta contra a violência doméstica e familiar. Em 2022, a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria resultou em uma série de avanços contra a violência e conta com cláusulas que garantem proteção às bancárias:

  • A empregada que for vítima de violência doméstica poderá pedir alteração do regime de trabalho; solicitar uma realocação para outra dependência; e linha de crédito ou financiamento especial;
  • O banco pode oferecer alternância de horários de entrada e saída do expediente e criar grupo de apoio para discutir e sugerir medidas externas à prevenção da violência doméstica e familiar.

“Essas cláusulas representam avanços importantes na proteção bancária às vítimas de violência doméstica e vamos continuar lutando para preservar a vida das bancárias e de todas as mulheres. O sindicato é uma aliada das mulheres na luta contra a violência. Os dados do nosso estado são alarmantes. As mulheres sul-mato-grossenses sofrem violência e nós, como uma entidade sindical, precisamos acolher e ajudar essas vítimas que têm coragem de denunciar. O propósito é defender a banca de qualquer situação de violência”, disse o presidente do sindicato.

Para dar ainda mais apoio às vítimas da categoria bancária, o sindicato está em fase de implantação do projeto Basta! Não Irão Nos Calar!”. Esse programa vai oferecer acolhimento e atendimento jurídico gratuito para bancários e dependentes vítimas de violência doméstica e de gênero. O projeto foi patrocinado por outros 12 sindicatos da categoria bancária, alcançando todas as regiões do Brasil, e já atendeu 400 mulheres

“Sabemos que esse tipo de violência pode estar presente em todas as profissões e classes sociais, então, nós estamos nos preparando para acolher as mulheres que trabalham nas instituições financeiras e seus dependentes nesse momento tão delicado. Não podemos nos calar, temos que denunciar e procurar ajudar, porque só assim podemos mudar essa realidade de violência, tanto física quanto psicológica”, destaca a secretária de Mulheres do SEEBCG-MS, Luciana Rodrigues.

Luciana Rodrigues, secretária de Mulheres do Sindicato dos Bancários (Foto: Divulgação)
Luciana Rodrigues, secretária de Mulheres do Sindicato dos Bancários (Foto: Divulgação)

Políticas públicas

A participação das mulheres na política é crucial para garantir políticas públicas que considerem as necessidades de mais da metade da população. As mulheres que ocupam cargos políticos podem trazer uma nova visão para a política, com foco em temas como igualdade de gênero, saúde da mulher, educação infantil e combate à violência doméstica.

Em 2022 (últimas eleições no país), as mulheres eram 53% do eleitorado. Apesar disso, o índice de mulheres concorrendo a uma carga política foi de apenas 34% do total, e apenas 18% foram eleitas.

“A presença de mulheres na política não é apenas uma questão de representatividade, mas também uma questão de efetividade e qualidade das políticas públicas. As mulheres trazem perspectivas e demandas específicas para a agenda política, o que pode resultar em políticas mais inclusivas e democráticas. Na nossa Assembleia Legislativa, temos apenas 3 deputadas e, na Câmara Municipal de Campo Grande, apenas 1 vereadora, isso é muito ruim, a gente não consegue discutir a pauta do universo feminino quando há poucas mulheres em espaços de poder”, pontua Neide Rodrigues .

Diretoras: Neide Rodrigues, Patrícia Soares, Marluce Freire, Nayra Pereira, Ana Paula Caldeira, Luciana Rodrigues, Andreia de Souza, Alda de Jesus e Marcley Telles (Foto: Divulgação)
Diretoras: Neide Rodrigues, Patrícia Soares, Marluce Freire, Nayra Pereira, Ana Paula Caldeira, Luciana Rodrigues, Andreia de Souza, Alda de Jesus e Marcley Telles (Foto: Divulgação)

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