Juazeiro – Suemi Koshiyama nasceu no Japão e mudou-se para o Brasil com a família em 1960, quando tinha cinco anos. Depois, em 1983, o agricultor deixou Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, e em parceria com a Cooperativa Agropecuária de Cotia, instalou-se no Vale do São Francisco. Trocou a energia elétrica de São Paulo pelo lampião a gás do Sertão, região que começava a crescer como produtora de frutas graças aos incentivos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Consulte Mais informação:
Vale do São Francisco: terreno fértil para exportações
Exportações de frutas do Brasil batem recorde, árabes compram mais
O empreendimento de Koshiyama se tornaria a Special Fruit, uma das empresas do Vale do São Francisco que produz e exporta mangas, uvas e melões. “Todos os dias do ano colhemos uvas frescas. Isso só acontece aqui, no Vale do São Francisco. É um privilégio do clima e das águas do Rio São Francisco. Isso fez de Juazeiro e Petrolina alguns dos maiores exportadores de uva e manga do Brasil para todo o mundo”, afirma o empresário. Assim como a uva, a manga no Vale do São Francisco pode ser colhida o ano todo.
A empresa possui 1.100 hectares de árvores frutíferas plantadas em cinco fazendas. Em 2003, faturou R$ 300 milhões (US$ 58 milhões), sendo 70% provenientes de exportações para 36 países. Segundo o gerente de exportação Joney Rodrigues, 39% das exportações da Frutas Especiais têm como destino a Europa e 20% à América do Norte.
O Médio Oriente recebe 9% das exportações, que estão a aumentar. A empresa tem os Emirados Árabes Unidos como principal cliente. Koshiyama diz que a maioria dos envios com destino aos EAU são feitos através de grandes cadeias de supermercados, o que é uma consequência residual da pandemia, quando apenas os supermercados estavam abertos e começaram a comprar directamente nas quintas. Essa mudança no perfil do comprador também obrigou as empresas a ampliarem os processos produtivos e as certificações.
A Special Fruit, assim como outros produtores de manga no Brasil, enfrenta a concorrência de países mais próximos e que produzem mais. O Peru, por exemplo, é um grande concorrente no mercado da manga no final do ano, quando as suas colheitas chegam à Europa a preços mais baixos. A própria Europa cultiva mangas. As colheitas espanholas, por exemplo, abastecem o continente durante uma parte do ano. Embora tenha disponibilidade de frutas durante todos os meses, o Brasil precisa encontrar oportunidades de mercado para vender.
A janela de exportação ideal para os árabes, explica Rodrigues, é de agosto a outubro, quando produtores da África como Senegal e Costa do Marfim não colhem mais manga.
Outro desafio é o tempo de envio. Por via marítima, diz Rodrigues, é praticamente impossível exportar manga para o Oriente Médio, pois a fruta pode estragar antes do prazo de entrega de 35 a 40 dias do Brasil. As uvas são um pouco mais resistentes porque, ao contrário da manga, param de amadurecer assim que são colhidas.
“O tempo de envio para o Oriente Médio é de 35 a 40 dias. Para as mangas isso é inviável, enquanto para as uvas está no limite. Os mercados de alto valor, especialmente para as exportações de manga, são por via aérea. Essa é a forma de envio que buscamos para exportar para o Oriente Médio e Ásia”, afirma Rodrigues.
O jornalista viajou a convite da CNA
Traduzido por Guilherme Miranda
O post Do Japão aos Emirados Árabes Unidos, passando pelo Sertão do Brasil apareceu primeiro na Agência ANBA de Notícias.
Os jogos de volta aconteceram nos dias 13 e 15, com mando de Vasco e…
Dizendo que sente como se “uma parte de mim tivesse sido arrancada”, o diretor James…
Nos pênaltis, as Leoas da Ilha conseguem derrotar o Athletico PR e se classificam na…
Algumas cenas de nudez são feitas para serem sensuais. Outras são feitas para serem engraçadas.…
Buscando aumentar sua força de resposta, o Exército brasileiro anunciou que irá, em futuro próximo,…
Agora, aqui vai uma novidade: além do show de horrores pálido do título do filme,…