No dia 12 de junho, o dólar fechou abaixo de R$ 5,40, seguindo a maior alta em 18 meses. As preocupações com a saúde fiscal do Brasil impulsionaram o aumento.
Contudo, os comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos seus ministros sobre o equilíbrio fiscal inverteram a tendência.
Os investidores também responderam aos dados de inflação dos EUA. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) de maio apresentou uma deflação de 0,2%, ficando aquém do aumento esperado de 0,1%.
Anualmente, o PPI subiu 2,2%, abaixo dos 2,5% previstos. Isto ocorreu um dia depois de uma inflação ao consumidor inferior ao esperado e de taxas de juro estáveis.
Ao final do dia, o dólar à vista caiu 0,73%, a R$ 5,366 na compra e R$ 5,367 na venda.
O contrato futuro de primeiro vencimento caiu 0,66%, para 5.376 pontos, por volta das 17h30. O Banco Central vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem dos vencimentos de agosto.
Taxas do dólar:
Dólar Comercial:
- Compra: R$ 5.366
- Venda: R$ 5.367
Dólar de turismo:
- Compra: R$ 5.397
- Venda: R$ 5.577
Inicialmente, o dólar tentou ganhos em relação ao real, uma vez que os investidores permaneceram cautelosos com a situação fiscal do Brasil.
Contudo, as taxas estabilizaram, apesar de o dólar estar a subir face a outras moedas importantes.
Do final da manhã ao início da tarde, o dólar enfraqueceu de forma mais significativa frente ao real. Isso está alinhado com a queda nas taxas de depósitos interbancários (DI).
Declarações positivas de Lula e de seus ministros estimularam essa mudança. Na Suíça, Lula defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio a rumores de enfraquecimento de sua posição.
Lula elogiou os esforços de Haddad para encontrar alternativas de compensação para benefícios fiscais que afetam 17 setores econômicos e pequenos municípios.
Essa medida tributária havia sido devolvida ao Executivo pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Lula mencionou uma decisão pendente do Supremo sobre o assunto. Se não houver acordo de compensação em 45 dias, o alívio fiscal terminará, como Lula queria inicialmente.
Lula enfatizou que a responsabilidade agora é do Senado e do empresariado. Haddad afirmou que o ministério ajudaria o Senado a analisar medidas para compensar a desoneração da folha de pagamento.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, classificou a recente alta do dólar como “momentânea”, expressando confiança na queda das taxas.
Às 15h12, o dólar à vista havia atingido mínima de R$ 5,3628 (-0,76%). Internacionalmente, o dólar subiu em relação às principais moedas.
Contudo, o real, o peso mexicano e a lira turca ganharam força em relação ao dólar.
Por volta das 17h30, o índice do dólar, que mede a cotação do dólar em relação a uma cesta de seis moedas, subia 0,53%, para 105,203.
Esta mudança é importante porque reflecte a instabilidade económica do Brasil e a resposta global às tendências inflacionárias dos EUA.
Os investidores devem observar estes desenvolvimentos para compreender as flutuações cambiais e as políticas económicas.