Esta quarta-feira, o dólar americano sofreu uma queda, em grande parte devido aos comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e aos novos dados do setor de serviços dos EUA.
Inicialmente, o dólar tinha estado forte, impulsionado pelo aumento dos rendimentos das obrigações dos EUA.
Este desempenho inicial sugeriu que a Reserva Federal poderia adiar os cortes nas taxas de juro para Julho ou mais tarde, um movimento observado de perto pelos investidores.
O Bank of America chamou a atenção para a resiliência do ouro face ao aperto monetário global, salientando a sua procura sustentada.
O Banco Popular da China (PBOC) desempenhou um papel notável no apoio ao ouro, aumentando significativamente as suas participações em ouro, o que impactou as vendas de jóias e as importações não monetárias de ouro.
Ao final da sessão, o dólar caía 0,34%, a R$ 5,0418, enquanto os contratos futuros da B3 recuavam 0,57%, a 5,0535 pontos.
O leilão de 16 mil contratos de swap tradicionais realizado pelo Banco Central do Brasil indicou uma gestão ativa do mercado.
O declínio do dólar acelerou depois que o ISM relatou uma segunda queda mensal no PMI não-industrial americano.
Os apelos de Powell para uma política monetária cautelosa, ponderando os riscos de ajustar as taxas de juro demasiado cedo ou demasiado tarde, pressionaram ainda mais o dólar.
As tensões geopolíticas levaram os investidores a optar por activos mais seguros, remodelando as expectativas quanto ao calendário de flexibilização monetária da Fed.
Roberto Campos Neto afirmou recentes intervenções cambiais destinadas a abordar a dinâmica do mercado, não a controlar as taxas de câmbio.
Esta semana, as flutuações do dólar realçaram o desafio dos bancos centrais na condução da política monetária num contexto de diversos indicadores económicos e influências externas.