Nesta segunda-feira, o dólar americano testemunhou uma queda modesta em relação ao real brasileiro, marcando uma continuação dos ajustes de preços que começaram na sexta-feira passada, após uma recente alta no Brasil.

Embora o dólar tenha se fortalecido em relação à maioria das principais moedas globais, caiu localmente 0,59%, com as taxas à vista fechando em R$ 5,168 para compra e R$ 5,169 para venda.

O dólar futuro também teve redução, caindo 0,71%, para 5.173 pontos, e o dólar turismo diminuiu 1,2%, para R$ 5,414.

Esta depreciação local do dólar contrasta com os seus pequenos ganhos na cena internacional.

O mercado global está se preparando para a divulgação do índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) dos EUA.

O dólar cai enquanto o Brasil navega pelos sinais econômicos. (Foto reprodução na Internet)

Esta métrica de inflação, favorecida pela Reserva Federal, é bastante aguardada, com expectativas definidas para esta sexta-feira.

Dados recentes sobre preços ao consumidor empurraram as previsões do mercado para o primeiro corte das taxas do Fed para Setembro, indicando uma mudança nas expectativas da política monetária.

Os analistas também irão direcionar a sua atenção para os próximos dados do PIB dos EUA para o primeiro trimestre, que irão analisar quando forem divulgados na quinta-feira.

O cenário financeiro do Brasil mudou quando a Petrobras declarou que poderia distribuir até 50% dos seus lucros líquidos de 2023 como dividendos em meio a estímulos econômicos globais.

Este anúncio acalmou os temores anteriores de que o valor total pudesse ser pago.

Navegando pela incerteza econômica no Brasil

A notícia corrigiu os relatórios enganosos da última sexta-feira, que afetaram negativamente o real.

Leonel Oliveira Mattos, da StoneX, destacou que a redução da previsão de dividendos de 100% para 50% poderia diminuir o apelo ao investimento estrangeiro.

O foco dos investidores no Brasil continua focado na saúde fiscal do país. Isto ocorre no meio de especulações de que o Banco Central poderá abrandar a sua flexibilização monetária devido a vulnerabilidades nas contas públicas.

Idealmente, uma abordagem cautelosa às reduções das taxas deveria atrair investimento estrangeiro, melhorando os rendimentos do mercado de rendimento fixo.

Contudo, estes benefícios poderão ser compensados ​​se a deterioração fiscal continuar a representar um risco, com impacto nas decisões de investimento.

Encerrando o pregão, o dólar à vista encerrou cotado a R$ 5,1989, apresentando queda de 0,99%.

A justaposição de indicadores económicos locais e globais impulsiona a dinâmica do mercado, destacando a interligação das políticas fiscais e dos fluxos de investimento.

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