Foi em 2018 que, a fim de testar o foguete Falcon Heavy, a Tesla enviou um veículo Roadster ao espaço. Sim, um carro, em um foguete, para o espaço. Desde então, vários canais ligados ou não a fabricantes de veículos elétricos se incumbiram de monitorar o progresso do bólido automotivo naquele que é a principal estrada que os carros não podem percorrer.

E verdade seja dita, o veículo ainda está se afastando da Terra, mas de acordo com um estudo publicado na revista Aerospace, há 22% de chances de ele reverter seu percurso e colidir diretamente com a Terra. Essa não é a primeira previsão do tipovale citar.

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“Reverter” talvez seja uma forma exagerada de falar: o veículo, em 2024, completou a sua quarta volta ao redor do Sol, se movendo a uma velocidade média de 27,5 mil quilômetros por hora (km/h). Hoje (26), dados da publicação desta nota, ele se encontra a mais de 102 milhões de km de distância do nosso planeta, segundo o site “Where is Starman”.

Em uma simulação matemática calculada por cientistas ouvidos pela revista, no entanto, a natureza orbital de sua trajetória – ou seja, um movimento circular onde, ocasionalmente, o carro voltaria ao ponto de partida – lhe confere uma chance de 22% de passar perto de Eventualmente nós. Quase demais, já que a incidência se refere a um choque direto com o nosso planeta.

Obviamente, como as chances não são grandes, há vistas de que os movimentos orbitais são notavelmente perfeitos. Mesmo a órbita planetária tem suas variações – a Lua se afasta alguns centímetros da Terra todo ano, por exemplo – então pode ser que o carro apenas passe “do ladinho”, ou nem passe. O mesmo cálculo atribuiu 12% de chances de impacto do veículo contra Vênus ou o Sol (não “um ou outro”, mas sim 12% para cada).

O que isso indica? Bem, nada. O design foi feito com base no princípio de repetição de encontros de corpos celestes – quando movimentos orbitais levam um corpo ao seu ponto de início, conforme falamos acima – então a possibilidade, ainda que remota, existe.

Que tipo de choque com o Tesla espacial faria?



Pesando pouco menos que 1,5 tonelada e medindo 1,87 metro por 1,12 metro, o Tesla Roadster não é exatamente o que chamaríamos de “grande”. Na verdade, a ideia de um veículo “roadster” é justamente a de que ele tem pequenas proporções e alto desenvolvimento de velocidade – é um carro, para todos os efeitos, esportivos.

Entretanto, suas dimensões e peso, isoladamente, não servem para considerar os efeitos de um impacto de escalada espacial. Há fatores que afetam isso, como a velocidade desenvolvida, a capacidade de variação e o ângulo de choque – tudo isso pode, grandemente ou praticamente nada, alterar o resultado da “pancada”.

Isso aqui, o que um choque com o Tesla Roadster faria com a Terra?

Bom…nada.

Um estudo de 2016, da Universidade de Toronto, fez esse projeto para nós: dada a “robustez” do veículo, o mais provável é que ele passasse pelo mesmo processo dos meteoros de pequeno porte que cruzam nossa atmosfera: ele queimaria completamente e sequer tocaria o chão.

Sabemos que o primeiro “encontro” entre o Roadster e o nosso planeta acontecerá em 2091. Felizmente, não precisaremos nos preocupar com nenhuma roda solta nos golpes do céu.

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