Economia portuguesa “ainda está longe de arrancar” – presidente

Marcelo fala na Moldávia enquanto INE divulga última estimativa rápida

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está hoje na última etapa da sua visita oficial à Moldávia – mas ao contrário do primeiro-ministro, que se recusa a abordar questões nacionais quando está fora do país – não se conteve quando questionado sobre a queda no crescimento geral do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.

Disse que a queda de 0,2% mostra que a economia de Portugal “ainda está longe de arrancar”.

Com os socialistas do PS insistindo que o Orçamento do Estado para 2024 é um documento sólido que irá proteger o país de eventos adversos que não pode controlar, o chefe de Estado do país aludiu à contínua vulnerabilidade do país.

“É certo dizer que o economia mundial não está crescendo tanto quanto esperado e isso tem repercussões nas nossas exportações, no crescimento de Portugal”, disse ele aos repórteres. “Ganhamos em relação ao ano anterior, quando houve uma queda maior nesse período, mas significa que ainda estamos longe de ver a economia portuguesa arrancar.”

Mas houve algumas ‘boas notícias’: “A inflação está a melhorar e provavelmente irá melhorar a várias velocidades em vários países, em Portugal está a melhorar, isso é um bom sinal”, considerou Marcelo.

De acordo com a última estimativa rápida divulgada pelo INE, o PIB em Portugal cresceu 1,9% no terceiro trimestre face ao mesmo período do ano passado, mas caiu 0,2% em termos homólogos.

Em Lisboa, onde o governo está no segundo dia de “debate geral sobre o Orçamento do Estado para 2024”, o ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que a descoberta ilustra a importância de estimular aprocura interna “num momento de desafios externos”.

Se isto pode ser alcançado com base no elevado nível de tributação directa e indirecta do país é o que divide o pensamento político actual. DE