Motociclistas saíram de Campo Grande e percorreram 3.885 km até o extremo norte do Amapá

Luciano em estrada de terra durante trajeto de viagem. (Foto: Arquivo pessoal)

Depois de ir até o Chuí, no Rio Grande do Sul, Luciano Matucho e Helton Viana planejaram que a próxima jornada seria até o Oiapoque, no Amapá. Cumprindo com a meta, eles se uniram a outros cinco amigos e nos 3.885 km só de ida precisaram usar balsa e salvaram até bicho-preguiça.

Integrante do motoclube Bodes do Asfalto, Luciano conta que a ideia teve seis meses de programação para se tornar realidade. “Você precisa pegar estrada que não conhece, usamos balsa, adentramos o mar e acabamos fazendo um trajeto mais longo”.

Saindo de Campo Grande, a trajetória foi pensada para chegar a Goiânia, Palmas, Belém, Macapá e Oiapoque. “Na volta, passamos por Macapá, Belém, São Luís e Teresina. No trecho entre Belém e Macapá é que fomos de navio, ida e volta, com as motos embarcadas”, relata Gleison Amaral dos Santos, que integra o grupo.

Retrato do grupo quando chegou ao Oiapoque.  (Foto: Arquivo pessoal)
Retrato do grupo quando chegou ao Oiapoque. (Foto: Arquivo pessoal)
Trajeto incluía parte do caminho sendo feito de balsa.  (Foto: Arquivo pessoal)
Trajeto incluía parte do caminho sendo feito de balsa. (Foto: Arquivo pessoal)

Tradição para quem tem as motocicletas como hobby, Luciano explica que as viagens podem ser feitas com distâncias variadas. Mas, desta vez, a aventura realmente foi extensa.

“Nós fazemos parte do maior motoclube da América Latina e a intenção é sempre viajar. São viagens que forçam muito o corpo e a mente por serem extremos”, diz Matucho.

Para ele, o ponto principal é ter amor pelo meio e fazer parte de um grupo confiável. “O sentimento é inexplicável, por exemplo, de estar no meio da Mata Atlântica e pegar um bicho-preguiça na mão”.

Explicando melhor sobre o episódio com o bicho-preguiça, Matucho explica que o grupo estava na estrada quando viu o animal na rodovia. “Nós precisamos resgatar ele da BR. Imagina, para um sul-mato-grossense, ver um bicho daqueles é inexplicável”.

“O que mais me surpreendeu na viagem foi existir tanta diversidade e eu, com 43 anos, não conheço nem um pouco do que foi apresentado”, diz Matucho.

Um dos pontos mais diferentes para Matucho foi encontrar um bicho-preguiça.  (Foto: Arquivo pessoal)
Um dos pontos mais diferentes para Matucho foi encontrar um bicho-preguiça. (Foto: Arquivo pessoal)

Ao contrário de Luciano, que já fez viagens de longa distância, Gleison é um dos motociclistas que ainda não havia embarcado em uma jornada tão grande. Por isso, ele dá algumas dicas para quem deseja seguir esse caminho.

“Planejar com antecedência as datas, de modo que seja compatível com a agenda de todos do grupo. Revisar as motos, incluindo pneus novos e sempre levar peças sobressalentes que sejam mais comuns, como pastilhas de freio e kit de transmissão”, indica.

No planejamento, ele sugere deixar um dia a mais para ida e um dia a mais para a volta. “Eles precisam ser reservados para imprevistos, foi o nosso caso durante a volta. Uma moto cortez e precisamos aguardar o guincho”.

Sobre o percurso, Gleison também comenta que é importante reservar os locais de noite para os momentos de descanso. “Nós também levamos água, barras de cereais e Lysoform para as roupas. Se a trajetória envolve barcos e navios, sugiro comprar as passagens com antecedência até por existirem descontos consideráveis”, completa.

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