Homem teria chamado profissional de “aleijado” por esperar que ele pegasse o pedido na calçada

O Entrega de uma pizza terminou em buzinaço na noite deste domingo (10), na Rua Juruena, Vila Bandeirante, em Campo Grande. Um grupo de motoboys fez uma manifestação de importação após um cliente ter exigido que o colega, João Pedro, de 25 anos, deixasse o alimento em mãos, na porta da casa. Ele foi chamado de aleijado por aguardar que o homem retirasse a entrega na calçada. Ao todo, 20 pessoas participaram.

“Parei na calçada do cara aí ele abriu o portão e não foi pegar uma pizza. Achei estranho e ele falou “o que ta esperando pra trazer minha pizza?”. Eu falei que eu estava esperando ele vir buscar. Ele disse se eu era aleijado pra não trazer aqui, Eu nem liguei muito. Aí ele pegou o troco e a pizza e falo da nota fiscal, eu falei que não tinha. Ele pegou uma pizza e entrou na casa e deixou a porta aberta. Ele foi fechar eu pedi o dinheiro da pizza ele mandou eu ir buscar no portão a hora que eu busquei ele empurrou meu peito”.

Após o ocorrido, João enviou mensagem ao grupo de entregadores de motos que se reuniram na frente da residência. Ele não registrou boletim de ocorrência. Aguero Ojeda, de 29 anos, participou do buzinaço. Há cinco anos no mercado, ele explica que a situação é recorrente em Campo Grande e que ato de entregar o pedido na porta de um apartamento ou casa é cortesia não obrigações.

“Passamos por cada situação, saímos de casa sem certeza de retorno. A insegurança se torna companheira nos dias atuais. Já aconteceu do cliente querer que suba até o apartamento. Mas isso não é uma obrigação, é uma cortesia, no caso de ser uma pessoa debilitada, idosa ou que possua alguma dificuldade de locomoção. Nesses casos a gente até se oferece. Mas quando se trata de uma pessoa que tenha total vigor o correto é que venha até a portaria buscar”.

O profissional ressalta que o ato é injusto e desrespeitoso. “Não aceitamos esse tipo de tratamento pois estamos trabalhando dia a dia pelo nosso sustento. Não achamos justo que um ou outro cliente faça esse tipo de coisa com uma pessoa que está trabalhando”.

Além da preocupação com a recepção do cliente, Aguero destaca a insegurança com o veículo de trabalho. “Nossa moto fica lá fora muitas vezes não tendo nem lugar correto pra estacionar (no caso de prédios). Estando sujeito até a alguém levar. Sempre recebemos informações de algum companheiro de serviço que teve uma moto furtada ou tomada de assalto durante o trabalho. E diante disso tudo ainda tem casos como este onde o motoboy está agredido e até xingado pelo cliente”.

João acrescenta que já foi agredido quando começou a fazer entregas e que não conhecia o poder do grupo de moto entregadores. “Eu acho isso certo, na minha opinião, porque isso acontece direto do cliente xingar motoboy porque não quis subir o prédio ou que o pedido está atrasado mas é por causa da cozinha e não do motoboy”.

A reportagem entrou em contato com o cliente acusado de ter empurrado o profissional, mas até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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