Empresa atende 3 milhões de passageiros por mês; Alternativa já foi apresentada e negada pela prefeitura

Ônibus lotado no caminho do Terminal Bandeirantes, na Vila Bandeirantes, em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

Para tentar resolver o problema de superlotação no transporte público de Campo Grande o Consórcio Guaicurus afirma que uma das alternativas para minimizar a situação é escalar o horário de entrada e saída de estudantes da rede pública, tanto do município quanto do Estado. Segundo a empresa, a proposta já foi apresentada à prefeitura, que negociou o pedido.

De acordo com o diretor de operações, Paulo Oliveira, são 3 milhões de pessoas que utilizam o transporte público por mês na Capital. Grande parte desse número são estudantes. Do total, 2,5 milhões são pagantes. Outra alternativa apresentada pelo diretor nesta terça-feira (2) é a contratação de mais motoristas e compra de mais frota.

Ele explica que são 460 ônibus, 158 linhas rodando na cidade e 483 tabelas, o que significa que mais de um ônibus opera na mesma linha. Um quilometragem mensal chega a 2.156.648 km. “ Setenta e um dos veículos são novos. São 668.952 litros de diesel gastos por mês, o que corresponde a R$ 3.565.516,51 e 261.394:29 horas trabalhadas. A segunda opção é mais lógica e mais fácil de fazer, que é comprar mais carros. Mas, vai aumentar o número de passageiros para suprir os gastos?”.

Paulo Oliveira, diretor de operações do Consórcio Guaicurus (Foto: Marcos Maluf)
Paulo Oliveira, diretor de operações do Consórcio Guaicurus (Foto: Marcos Maluf)

Paulo ressalta, ao Notícias Campo Grande, que existem outras possibilidades, mas que as duas citadas são as mais assertivas. Entretanto, uma não foi aceita e a outra, segundo ele, é inviável para empresa.

“Porque se aumentar os carros não estou resolvendo o problema. Então o que vai acontecer? Eu aumentarei a despesa e a tarifa vai subir. E se escalar a entrada dos alunos, resolver o problema. Nem sempre o mais lógico, mais simples é o melhor a ser feito”.

Para ele, a questão é complexa e não será resolvida com apenas uma medida. “A partir do momento que você olha de fora para dentro você consegue enxergar novas possibilidades e é isso que a gente tem que buscar para não encarecer mais. Isso resolve dois problemas: um no ônibus e outro no trânsito. Temos que nos reinventar, estudar”.

Histórico – O assunto já vem sendo pensado pelo Notícias Campo Grande em anos anteriores. Em 2021 o município aderiu ao escalonamento de estudantes devido à pandemia de covid-19. A medida foi feita de maneira pontual, no primeiro dia de volta às aulas. Segundo os gestores escolares, o escalonamento na entrada dos estudantes foi demonstrado resolutivamente, pelo menos quanto ao transporte público. Na época, foram 109 mil alunos da rede municipal que retornaram às aulas.

Quanto ao trânsito, em 2022, a reportagem Disse aos leitores, através de enquete, se o escalonamento na entrada e saída das escolas melhoraria o congestionamento no trânsito da Capital. A resposta foi positiva, 60% responderam que sim, e 40% discordam da possível medida.

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