Nativas da Mata Atlântica, espécie se tornou estratégica para os animais polinizadores

Flores de paineira que florescem na Avenida Ricardo Brandão (Foto: Juliano Almeida)

Com a chegada do outono, os campo-grandenses são contemplados com a beleza cor-de-rosa do corredor de paineiras que se forma na Avenida Ricardo Brandão. Mesmo não sendo nativas do nosso Cerrado, a espécie está adaptada e se tornou essencial para a sobrevivência do ecossistema que resiste na região urbana.

Segundo o professor de botânica, faça curso de Biologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Geraldo Damasceno Júnior, elas são naturais na Mata Atlântica, ou seja, são exóticas em nossa região. Mesmo sendo “diferentona” por aqui, está adaptado e colabora na manutenção das espécies polinizadoras. A maioria dos polinizadores é formada por insetos, incluindo abelhas, moscas, borboletas, mariposas, vespas, besouros, formigas e tripas.

Rosa das flores de paineira quebram a frieza urbana (Foto: Juliano Almeida)
Rosa das flores de paineira quebram a frieza urbana (Foto: Juliano Almeida)

“As paineiras são comuns na região Sul, ali no Paraná, mas no Cerrado são exóticas. Apesar disso, elas se tornaram importantes em nosso ambiente urbano por serem essenciais para a alimentação das espécies polinizadoras, quase um recurso estratégico, já que florescem no fim da temporada de chuvas e começo da seca”, explica o especialista ao Notícias Campo Grande.

Gerente do pátio de uma inspeção de carros de frente para as árvores, há 15 anos Vanderlei Lucas de Lima, 46, é admirador das paineiras que florescem em Ricardo Brandão. “É muito bom poder contemplar a natureza aqui. Também é interessante ver as pessoas admirando, tirando fotos e vídeos delas. São muitos anos convivendo com eles e é muito gratificante”, compartilha.

Professor Marcos Barbosa sorri ao falar sobre a beleza das paineiras (Foto: Juliano Almeida)
Professor Marcos Barbosa sorri ao falar sobre a beleza das paineiras (Foto: Juliano Almeida)

Em uma caminhada para quebrar a rotina e admirar a natureza da cidade, o professor de veterinária Marcos Barbosa, 52 anos, sorri ao olhar para o alto e ver as flores. “São lindíssimas! Elas trazem uma atmosfera especial e sempre que posso tentar ver de perto, passar por aqui. Sou realmente um admirador da natureza”, admira o professor.

Segundo o Instituto Brasileiro de Florestas, a espécie é muito indicada para ações de reflorestamento, preservação ambiental, arborização urbana, paisagismos ou plantios domésticos. O reflorestamento, por exemplo, corresponde a implantação de florestas em áreas que já foram degradadas, seja pelo tempopelo homem ou pela natureza.

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