Nesta semana, a adesão de Mato Grosso do Sul ao movimento nacional poderá completar três semanas

Alunos chegando ao IFMS da Capital no primeiro dia de greve (Foto: Arquivo/Marcos Maluf)

Professores e técnicos administrativos do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) participaram parcialmente do movimento nacional de greve na educação pública federal em 3 de abril. Prestes a completar três semanas, a paralisação já afetou a maioria dos cursos oferecidos pela instituição em Campo Grande, mantendo em funcionamento apenas 8% deles nesta segunda-feira (22).

O percentual é estimado por Vitor Sanches, que é do comando de greve na Capital e membro do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) no Estado. Ele ainda aponta que cerca de 70% de todos os servidores aderiram até agora.

A diretoria do IFMS não confirma os números. Por meio da assessoria de imprensa, a instituição reforça que os comunicados sobre quais cursos estão totalmente suspensos e quais seguem em funcionamento são atualizados diariamente no site.

Servidores federais da educação aproveitaram a vinda do presidente Lula a Campo Grande, neste mês, para se manifestarem perto do Aeroporto Internacional (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Servidores federais da educação aproveitaram a vinda do presidente Lula a Campo Grande, neste mês, para se manifestarem perto do Aeroporto Internacional (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

“Os comunicados gerais dos campi têm autonomia para divulgar os comunicados em seus perfis oficiais nas redes sociais ou por outros meios, como envio de e-mail e de mensagens pelo Whatsapp“, acrescentou.

Sem avanço – Os servidores estão em greve por melhores atualizações e plano de carreira. Segundo Vitor, até a semana passada não houve oficialização de nenhuma proposta apresentada ao movimento nacional pelo Ministério da Educação e Ministério da Gestão.

“Do que foi formalizado desde o início da greve, temos uma proposta de reajuste de benefícios como o vale-alimentação e plano de saúdeque não é o suficiente para reportar o que a categoria perdeu nos últimos anos”, diz o integrante do Sinasefe.

Os servidores aguardam por acordo, principalmente, que “descongele” o valor das remunerações. “Quem trabalha no regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) tem reajustes para acompanhar a alta dos preços ano a ano, mas nós estamos desde 2016 com os regulamentos ‘congelados'”, compara o sindicalista.

N / D UFMS A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) também tem servidores administrativos e professores que aderiram à greve e não estão trabalhando, mas numa proporção menor que o IFMS, avalia Sanches.

Faixa na UFMS de Campo Grande ameaça greve total (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Faixa na UFMS de Campo Grande ameaça greve total (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Ele explica que é porque o Sinasefe filia tanto técnicos administrativos quanto professores no IFMS, e aderiu à greve de forma mais uniforme. Enquanto isso, sindicatos diferentes que representam duas categorias na UFMS ainda se reunindo para discutir a adesão ao movimento.

O coordenador do Sista (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação UFMS e IFMS), Lucivaldo Alves, informou que a maioria dos professores da universidade estão trabalhando hoje, sinalizando que a greve impactou um pouco as aulas na instituição.

Ele destaca que um UFMS em Paranaíba é o que mais aderiu, até o momento. “Somente lá temos um percentual de 98% de servidores paralisados”, disse.

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