Em junho, o Indicador de Incerteza Econômica do Brasil caiu ligeiramente para 110,6 pontos, sugerindo uma diminuição temporária das preocupações.
Esta mudança deveu-se em grande parte a ajustes nas percepções impulsionadas pela mídia em relação a picos anteriores relacionados a desastres, de acordo com dados da FGV.
No entanto, com uma média móvel de três meses ainda em alta, a visão de longo prazo permanece cautelosamente pessimista.
Especialistas, refletindo sobre o aumento da incerteza sobre inflação e taxas de juros, preveem que o índice pode se estabilizar perto dos níveis atuais.
Essas métricas são cruciais, pois ajudam empresas e formuladores de políticas a avaliar a atmosfera econômica, orientando suas estratégias em um clima ainda afetado por desafios globais e flutuações internas.
Este barômetro econômico, ao captar o pulso do sentimento nacional, desempenha um papel vital na trajetória de recuperação e crescimento do Brasil.
Contexto – Índice de incerteza econômica cai em junho
Uma pesquisa recente do Bank of America revela também que os gestores de investimentos latino-americanos estão cada vez mais preocupados com o índice Ibovespa do Brasil e com o real.
Notavelmente, apenas 7% esperam que o Ibovespa ultrapasse os 140.000 pontos até ao final do ano – uma queda acentuada em relação aos 19% de Maio e o valor mais baixo desde que a pesquisa começou em Setembro passado.
A previsão para o dólar americano aumentou, devendo agora ficar entre R$ 5,10 e R$ 5,40.
Anteriormente, a faixa prevista era de R$ 4,80 a R$ 5,10. Essa mudança indica crescente incerteza na estabilidade financeira do Brasil.
A pesquisa também destacou um consenso sobre as taxas de juros; a maioria dos gestores prevê que o Banco Central do Brasil irá suspender novos cortes, mantendo a taxa Selic em dois dígitos.
Eles sugerem que reduções futuras dependerão das decisões do Federal Reserve dos EUA.