Indígenas Guarani e Kaiowá, de tekoha Pyelito Kue/Mbaraka’y, denunciaram novo ataque por seguranças armados na Fazenda Cachoeira, em Iguatemi, município localizado a 412 km de Campo Grande, na tarde de sábado.
De acordo com o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), na madrugada do mesmo dia um grupo de indígenas da comunidade ocupou uma área de mata no interior da fazenda, de 2,3 mil hectares, e que, segundo o Cimi, está sobreposta a Terra Indígena Iguatemipegua I, que compreende os tekoha Pyelito Kue e Mbaraka’y.
Uma área de mata ocupada por cerca de 30 indígenas, entre homens, mulheres e crianças, é chamada pelos Guarani e Kaiowá de “Tororõ” e corresponde a uma pequena área da fazenda.
Segundo o Cimi, as Defensorias Públicas da União e do Estado de Mato Grosso do Sul, o Ministério Público Federal e a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) já foram acionados.
A retomada e o novo ataque ocorreram quase um mês depois das agressões contra o jornalista canadense Renaud Philippe e a cineasta e antropóloga Ana Carolina Mira Porto. Eles foram atacados e roubados enquanto apuravam uma sequência de ataques contra retomada de uma área de mata da Fazenda Maringá, também em Iguatemi.
Membros da comunidade relatando agressões e ameaças. Contaram ainda que quatro membros do grupo foram suspensos por horas em cárcere. Após o ataque, membros da Força Nacional foram encaminhados para a região e a Polícia Federal passou a investigar o caso.
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