Investigação de Musk aumenta probabilidade de proibição do X no Brasil

Nos últimos anos, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, tornou-se uma das autoridades de maior destaque no Brasil. Ele supervisiona algumas das mais importantes investigações em andamento no país — e liderou o sistema de justiça eleitoral durante as eleições mais tumultuadas da história democrática brasileira, durante as quais membros do governo da época tramavam um golpe de Estado.

O juiz Moraes encurralou com sucesso um antigo presidente que procurava neutralizar as instituições democráticas, perseguiu algumas das vozes mais influentes do espectro conservador e perseguiu até oficiais militares – semelhantes a vacas sagradas contra as quais poucos se atrevem a agir.

Mas, ao perseguir o bilionário Elon Musk, o ministro Moraes pode estar mordendo mais do que pode mastigar.

O juiz Moraes colocou Musk sob investigação por obstrução da justiça, incitação à atividade criminosa e “instrumentalização criminosa intencional” de X, a plataforma de mídia social anteriormente conhecida como Twitter – que Musk comprou em 2022.

Ele também impôs uma multa diária de R$ 100 mil (US$ 20 mil) para cada postura em que Musk desobedece a uma ordem judicial, como a reabilitação de contas proibidas no Brasil.

Musk seguiu o caminho que muitos ultraconservadores seguiram nos últimos anos – e pelo qual foram punidos. Ele chamou o ministro Moraes de ditador, disse que interferiu nas eleições de 2022 para ajudar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a destituir o ex-presidente Jair Bolsonaro e pediu o impeachment do ministro Moraes.

Mas…