Da redação
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São Paulo – A economia do Iraque deverá crescer menos e registar um défice na balança de contas este ano e em 2024 devido à redução das receitas do petróleo e ao aumento dos gastos públicos. Em nota divulgada nesta terça-feira (19), o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que o país adotou medidas para conter a inflação e estabilizar a economia. No entanto, existem desafios para os próximos dois anos. Na foto acima, uma construção na capital, Bagdá.
De 12 a 17 de Dezembro, as autoridades iraquianas e uma equipa do pessoal do FMI reuniram-se em Amã, na Jordânia, para avaliar as perspectivas económicas do Iraque. Após a visita, o chefe da missão, Jean-Guillaume Poulain, divulgou um comunicado. No comunicado, Poulain disse que as indústrias não petrolíferas do país deverão fechar este ano com um crescimento de 5% e manter uma expansão sólida para o próximo ano.
No entanto, espera-se que a menor actividade no sector petrolífero desacelere o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país este ano e em 2024. Entre as razões para a menor produção petrolífera estão os cortes de produção aprovados pela Organização do Petróleo. Países Exportadores e seus aliados (OPEP+), dos quais o Iraque é membro permanente, e o encerramento de um gasoduto que o liga à Turquia.
No comunicado do Fundo, Poulain também expressou preocupação com o défice da conta do país este ano, que deverá aumentar em 2024 apesar do excedente em 2022. “A grande expansão fiscal, incluindo um aumento substancial nas contratações públicas e pensões, cria despesas permanentes que irão pressionar as finanças públicas a médio prazo”, afirmou Poulain no documento.
O FMI também observou que a inflação iraquiana já caiu desde o pico registado em Janeiro e deverá estabilizar nos próximos meses devido à política monetária mais restritiva do Banco Central do Iraque, à redução dos preços dos alimentos e à normalização do financiamento do comércio.
Traduzido por Elúsio Brasileiro
AHMAD AL-RUBAYE/AFP