A confusão aconteceu na partida entre Náutico e Portuguesa, na noite de quinta-feira (29), nas Moreninhas

Momento de confusão entre jogadores da Portuguesa, Náutico, arbitragem e PM (Foto: Lucas Siqueira/Portuguesa)

O jogador da Portuguesa, Vinícius Machado, acusa uma equipe de policiais militares de ameaça e injúria racial. O ataque teria acontecido na partida entre Náutico e Portuguesa, pelo Campeonato Sul-Mato-Grossense Série A de futebol masculino. O jogo terminou em 3 a 2 para a Lusa, no Estádio Jacques da Luz, nessa quinta-feira (28).

A confusão envolveu jogadores da Portuguesa e policiais militares ocorreu por volta dos 19 minutos do 1º tempo. Após a arbitragem comandada por João Bosco Rodrigues Echeverria marcar pênalti, os jogadores da Lusa questionaram a decisão.

Os atletas do Náutico defenderam a decisão e começaram o bate-boca. Enquanto o julgado se reunia com um dos assistentes, uma equipe com dois policiais militares entrou no campo. Um deles retirado pelo braço o jogador Vinícius e convertido por alguns metros.

Conforme boletim registrado na Corregedoria Geral da Polícia Militar nesta sexta-feira (1), o jogador questionou a atitude do policial militar. O agente saiu de campo. Quando voltou, Vinícius afirma que o policial passou a ameaçá-lo. “Eu acho você onde você estiver. Vou lá no vestiário e pego você”.

Depois, o jogador complementou que o policial daria voz de prisão. “Eu te dou voz de prisão, você está me desacatando, eu te prendo, nego”. Vinícius questionou e o PM teria continuação. “Eu te prendo, nego”.

Nas redes sociais, a Associação Atlética Portuguesa publicou nota repudiando o fato. “A Portuguesa é um tempo de todos e não tolera esse tipo de comportamento. Diante disso, em apoio ao jogador, reuniu provas e testemunhas para formalizar a denúncia”.

Equipe de arbitragem presente no Estádio Jacques da Luz (Foto: Luciano Siqueira/Portuguesa)
Equipe de arbitragem presente no Estádio Jacques da Luz (Foto: Luciano Siqueira/Portuguesa)

A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar via assessoria. Em nota, a resposta cita que “durante a realização da partida, após um lance polêmico, vários jogadores cercaram o julgado. Na visão do comandante da equipe da PM, foi necessária a intervenção da polícia, a fim de resguardar a equipe de arbitragem e atletas”.

Com relação ao fato de um jogador ter acusado um policial militar de ato racista e a ação da equipe policial, a instituição destacou que a situação será averiguada e “se necessário” vai investigar o caso. A PM finalizou uma nota informando que não compactua com “desvio de conduta” de qualquer um de seus agentes.

Até o momento, a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) não disponibilizou a súmula do jogo em seu site. Portanto, não é possível saber se a arbitragem registrou a situação.

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