Secretária-executiva do ministério de direitos humanos e cidadania reforçou o compromisso da pasta com a causa

Representantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania durante encontro com os indígenas (Foto: Divulgação/MDHC)

Acampados em Brasília desde segunda-feira (22), líderes indígenas de todo o país se reuniram na 20ª edição do Acampamento Terra Livre, considerado o maior movimento indígena do Brasil. Entre os representantes estavam caciques Guarani Kaiowá de Mato Grosso do Sul, que apresentaram demandas e cobraram medidas protetivas diante das graves ameaças e direitos humanos transparentes enfrentados em suas comunidades.

A secretária-executiva do MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania), Rita Oliveira, liderou o encontro com indígenas, acompanhada da segurança nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, e da ouvidora Luzia Cantal. O encontro foi marcado por diálogos francos, onde o ministério atendeu e recebeu os pedidos de urgência na implantação de medidas protetivas.

Durante as conversas, os indígenas Guarani Kaiowá contaram a realidade do medo e da insegurança que permeia suas rotinas, mencionando os nomes das vítimas assassinadas nos últimos anos devido à escalada da violência nas comunidades.

Um cacique da aldeia Passo Pirajú, localizado em Dourados, relatou relatos que ficou preso por cerca de quatro anos por um crime que não cometeu. Ele revelou que a família dele ainda sofre as consequências da violência sofrida após uma ação policial na aldeia. O indígena, que não pode ser identificado por questões de segurança, entregou à segurança executiva um pedido de medidas protetivas aos povos indígenas Guarani Kaiowá que vivem na região sul do estado.

“Nós pedimos urgência, pois as ameaças aos nossos territórios, culturas e direitos persistem ao longo dos anos, e não queremos voltar para nossas aldeias sem uma resposta”, frisou o líder indígena.

Outro cacique, da retomada Kunumi Verá, localizado em Caarapó, também solicita proteção para os indígenas da região, vítimas de graves ameaças e conflitos. Em fevereiro, uma Casa de Reza erguida em memória de Marçal de Souza foi queimada na comunidade.

A secretária-executiva Rita Oliveira reforçou o compromisso da pasta com o aprimoramento das políticas de proteção aos defensores dos direitos humanos, incluindo programas de proteção individual e coletiva para diversas etnias em todo o país. Ela também ressaltou a importância da demarcação dos territórios indígenas como medida fundamental para mitigar as ameaças e violências enfrentadas pelos povos indígenas.

“Em relação aos povos Guarani-Kaiowá, estamos realizando mesas de diálogo com diversas comunidades para pensarmos conjuntamente um plano de implantação de medidas protetivas, considerando as especificidades dos territórios e lideranças indígenas ameaçadas”, destacou o gestor.

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