No agitado mundo das finanças brasileiras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou uma posição definitiva na última quinta-feira.
Ele instou os líderes do mercado financeiro do país a pressionarem o Banco Central por uma redução nas taxas de juros.
Essa decisão ousada ocorreu em meio a uma semana de negociações voláteis que viu o dólar subir em relação ao real devido a negociações especulativas.
Em declarações a jornalistas na Suíça, onde participou numa conferência da Organização Internacional do Trabalho, Lula enfatizou as suas prioridades.
O legislativo brasileiro rejeitou diversas propostas de reforma fiscal, deixando o governo lutando para administrar um déficit fiscal de R$ 25 (US$ 4,6) bilhões.
Os analistas criticaram o foco de Lula no aumento das receitas fiscais, ao mesmo tempo que negligenciou os cortes nas despesas, um factor crítico para o equilíbrio fiscal.
O seu apelo urgente a taxas de juro mais baixas deve ser visto neste contexto. Taxas de juro mais baixas significam que a sua administração gastará menos no pagamento de juros da dívida em rápido crescimento.
Isto permite à sua administração mais flexibilidade financeira para avançar na sua agenda de gastos.
Lula defende taxas de juros mais baixas em meio a desafios econômicos
A próxima parada de Lula foi a Itália, onde os líderes globais na reunião do G7 aguardavam a sua participação.
No meio deste turbilhão internacional, Lula abordou estratégias económicas internas. Ele discutiu as discussões em andamento com o Congresso sobre a criação de novos fluxos de receitas.
O Ministro das Finanças, Fernando Haddad, propôs-as para contrabalançar os incentivos fiscais mantidos para 17 sectores-chave.
Internamente, o cenário financeiro do Brasil é dominado por uma taxa de juros de referência fixada em 10,5% ao ano.
Os especialistas bancários prevêem que esta taxa se mantenha estável até ao final do ano, citando incertezas fiscais. Estas poderiam minar os esforços para aumentar as receitas fiscais.