A ministra da Administração brasileira, Esther Dweck, disse em entrevista ao jornal O Globo na segunda-feira que o governo Luiz Inácio Lula da Silva só aumentará os salários dos funcionários públicos na ocorrência de superávit primário. Até agora, porém, não há espaço para aumentos salariais, diz ela.

Dweck, no entanto, estendeu um ramo de oliveira aos funcionários governamentais descontentes, dizendo que um aumento fixo de 4,5% para todas as carreiras é esperado para 2025 e 2026.

O Ministério das Finanças já terá dificuldades em cumprir a sua meta de défice zero este ano. Em vez de aumentos salariais, o governo quer melhorar os benefícios como uma medida menos dispendiosa.

Um número crescente de funcionários públicos está a entrar (ou ameaça entrar) em greve como forma de pressionar o governo por melhores salários e oportunidades de carreira. Isso inclui funcionários do Banco Central, funcionários do Ministério do Ambiente, inspectores sanitários (que são fundamentais para o desalfandegamento das exportações de alimentos) e funcionários aduaneiros.

Em 2020 e 2021, as greves no setor público representaram cerca de um terço de todas as greves no Brasil, nosso Boletim diário do Brasil mostrou em 20 de fevereiro. Isso saltou para cerca de 60 por cento de todas as paralisações de trabalho no país em 2022 e no primeiro semestre de 2023 (os dados de todo o ano passado ainda não foram divulgados).

Os funcionários públicos federais exigem um aumento salarial entre 23 e 34 por cento (a ser pago em parcelas entre 2024 e 2026). A contraproposta do governo era um aumento máximo de 19% até 2026, mas sem alteração nos salários este ano. Em 2023, a administração concedeu a todos os funcionários federais um aumento geral de 9%.

Algumas ocupações tiveram uma vantagem, no entanto. Os delegados federais obtiveram um aumento no ano passado e os auditores fiscais têm direito a bônus maiores. Mas isso despertou a ira de outros sectores da força de trabalho pública – incluindo o Banco Central.

O Brasil gasta 13% do seu PIB em salários e pensões do setor público, o 15º maior entre 142 países analisados ​​pelo Banco Mundial. E os funcionários federais ganham em média 96% mais do que os trabalhadores privados.

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