Dayane Kethulleen Motta de Moura foi alvo de mandado e defesa alega não saber teor da investigação

Tales Morelli, advogado que atua na defesa de Dayane, em frente à delegacia (Foto: Paulo Francis)

A operação Last Chat deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) já cumpriu 11 mandados de prisão até o início da tarde desta quarta-feira (24). Entre os alvos está a manicure Dayane Kethulleen Motta de Moura e outras seis mulheres. A investigação aponta que policiais militares, servidores públicos e advogados integram quadrilha de tráfico de armas e drogas dirigidas por Rafael da Silva Lemos, conhecido como “Gazela” ou “Patrão”.

Conforme apurou o Notícias Campo Grande, Dayane foi alvo de mandato de busca e apreensão e de prisão nesta manhã. Ela foi levada para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, mas a defesa ainda não sabe o teor da investigação e que a manicure foi pega de surpresa com a investigação.

“Ela é investigada, mas é manicure. Ficou muito surpreendente com a operação. Não tivemos contato com o inquérito, mas a princípio não tem nenhuma defesa para expor. Amanhã ela passa por custódia e aí vai poder esclarecer. O que parece é que a investigação era contra outras pessoas e o endereço dela apareceu e foi feita a busca e prisão”, disse o advogado Tales Morelli.

A reportagem apurou que, em março de 2022, Dayane foi denunciada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por associação criminosa junto com um boliviano. Segundo o documento, o manicure e o borracheiro, identificado como Gutemberg Daniel Balderrama Grillo, procuraram a polícia para comunicar o roubo de um veículo, no entanto, os dois seriam os responsáveis ​​pelo crime.

Consta na denúncia que Dayane aluguou o Jeep Renegade ao mando de Gutemberg, que cumpriu pena na Penitenciária Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima, e em seguida entregou o veículo a um rapaz identificado apenas como “Matheus”, que o levou até a região de fronteira. Assim que o carro foi levado para o Paraguai, a manicure comunicou o roubo.

Outra mulher presa na operação foi Suellen Pereira de Souza. Uma mulher natural do Ceará tem passagem por tráfico de drogas e foi denunciada pelo MP em novembro de 2022. De acordo com o documento, ela morava com outra mulher e um homem no Bairro Rita Vieira e no local foram encontrados 53 pés de maconha sendo cultivados em uma estufa, além de outros objetos usados ​​para o comércio de entorpecentes.

Arma e documentos apreendidos com um dos alvos da operação (Foto: Divulgação | Gaeco)
Arma e documentos apreendidos com um dos alvos da operação (Foto: Divulgação | Gaeco)

Por fim, o terceiro nome que a reportagem conseguiu apurar é de Aldair Antônio Garcia. Em abril de 2021, ele foi custodiado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e foi denunciado pelo MP por tráfico de drogas. Conforme o documento, junto com outros dois homens ele mantinha um depósito com vários tabletes de cocaína na Vila Piratininga.

Também foram alvos da operação três advogados, que não tiveram identidade divulgada, além de policiais militares e servidores públicos. Ao todo, são cumpridos 55 mandatos judiciais de busca e apreensão e de prisão. A operação é um desmembramento da Operação Courrier. No total, cerca de 40 pessoas integraram a quadrilha liderada por Rafael e que contava com uma rede sofisticada de distribuição de drogas e armas de grosso calibre.

Parte de drogas apreendidas durante investigação (Foto: Divulgação | Gaeco)
Parte de drogas apreendidas durante investigação (Foto: Divulgação | Gaeco)

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