Enquanto o Rio Grande do Sul, o estado mais meridional do Brasil, é devastado por inundações, bandeiras vermelhas foram levantadas no Maranhão, um estado do nordeste a 4.000 quilómetros de distância.

Chuvas mais fortes do que o esperado levaram as administrações municipais a declarar estado de emergência, uma vez que inundações e tempestades afetaram 4.000 pessoas (com uma vítima) em 31 municípios, incluindo a capital do estado, São Luís. A declaração do estado de emergência facilita medidas extraordinárias de ajuda e permite que as câmaras municipais gastem dinheiro para além dos controlos de responsabilidade fiscal.

Os problemas no Maranhão são bem menos graves do que a crise climática que afeta o Rio Grande do Sul, já que as chuvas têm sido mais distribuídas nas últimas semanas.

Cerca de 3.000 famílias no Maranhão foram forçadas a deixar suas casas.

As enchentes seguem-se a uma recente seca que prejudicou as lavouras de milho no estado, com impacto ainda a ser medido.

Meteorologistas afirmam que o alto volume de chuvas se deve à incomum atividade dos ventos na chamada Zona de Convergência Intertropical, que é influenciada pela temperatura das águas do Oceano Atlântico.

Devido ao aquecimento global e ao El Niño, as temperaturas dos oceanos atingiram máximos recordes nos últimos 12 meses e estão significativamente mais altas do que o normal para este período do ano, como noticiou a BBC.

Segundo autoridades estaduais do Maranhão, a situação é menos preocupante do que a vivida em 2023, por exemplo, quando mais de 60 cidades foram afetadas e mais de 35 mil famílias foram deslocadas.

Nas redes sociais circulam imagens de enchentes de anos anteriores como se representassem a situação atual.

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