Executores de 24 anos foram presos em Rondonópolis (MT), na manhã desta quinta-feira (18)

Suspeitos de execução foram presos na manhã desta quinta-feira (18), em Rondonópolis (MT) (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Menino de 13 anos foi alvo de atiradores faccionados ao Comando Vermelho, que matou Sabrina Machado, 18, em um barco na Rua Trindade, região central de Sonora, distante 362 quilômetros de Campo Grande. O crime ocorreu na segunda-feira (15) e dois homens, ambos de 24 anos, foram presos na manhã de hoje, em Rondonópolis (MT).

Conforme revelado pela Polícia Civil, o menino de 13 anos, integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), era alvo da facção rival. No dia do crime, ele estava na boate e foi atingido com um tiro na perna e sobreviveu. Enquanto Sabrina, funcionária do estabelecimento, foi baleada no tórax e morreu no local. A moça não tinha envolvimento na briga dos faccionados e acabou assassinada por engano.

Na ocasião, três adolescentes de 17 e 16 anos foram apreendidos em flagrante, por terem auxiliado os executores do crime. Eles retiraram o alvo da boate, para que as crianças pudessem atingi-lo.

Durante as investigações, os policiais descobriram que antes de fugir para o estado de Mato Grosso, os executores esconderam uma arma utilizada no crime, uma pistola calibre .38, no quintal da casa de um outro adolescente de 16 anos, que também foi apreendido em flagrante.

Após serem identificados, o delegado de Sonora, responsável pelas investigações, representou pela prisão preventiva dos atiradores. Hoje nas primeiras horas da manhã, os suspeitos foram presos, em ação conjunta de policiais da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e da Delegacia de Polícia Civil de Sonora.

No momento da prisão, outro homem foi encontrado com drogas e balança de precisão, diante disso, ele foi detido por tráfico de drogas.

Os executores responderão por homicídio simples, posse irregular de arma de fogo de uso permitido, homicídio qualificado na forma tentada e por promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa.

A ação faz parte da operação “Divisa” deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, para combater o crime organizado na divisa entre o município de Sonora e o Estado do Mato Grosso.

Sabrina Machado, 18 anos, assassinada na madrugada de segunda-feira (Foto: Direto das Ruas)
Sabrina Machado, 18 anos, assassinada na madrugada de segunda-feira (Foto: Direto das Ruas)

Morte em barco Os suspeitos, membros da facção criminosa Comando Vermelho, tinham como alvo um rival do PCC (Primeiro Comando da Capital). O barco fica na Rua Trindade, região central de Sonora, cidade onde se instalou uma guerra entre duas facções criminosas pelo domínio do tráfico de drogas. O estabelecimento estava lotado no dia do crime e os dois homens passaram em frente ao local, utilizando uma motocicleta.

A dupla, então, efetuou diversos tiros contra o barco. Houve correria e as seguranças alertaram para que os clientes se abaixassem. Cerca de um minuto depois, acreditando que os pistoleiros haviam fugido, Sabrina se declarou, mas a dupla passou novamente atirando contra o barco. O tiro transfixou a porta e atingiu o tórax da vítima, que morreu no local.

Foram recolhidas 13 cápsulas de pistola 380 na frente da boate. Na manhã seguinte ao crime, cinco pessoas foram levadas à delegacia por suspeita de envolvimento no tiroteio. Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, quatro dessas pessoas, sendo todas adolescentes, acabaram apreendidas em flagrante pelo crime. Os menores têm 13, dois de 16 e um de 17 anos.

Mortes por engano – Desde o começo do ano, o município de Sonora se tornou palco de guerra entre facções criminosas. A disputa por domínio do tráfico de drogas na cidade, entre o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho, já deixou vítimas, mortas por engano, de janeiro a abril. No meio da briga, os moradores “sitiados” pela violência.

As vítimas Tiago Valdecir Sandrin, de 37 anos, Juvenal Santos Silva, 62, João Vitor Oliveira de Souza, 21, Jair Ferreira Jara, 49, e Sabrina Machado, 18 anos, foram assassinados por engano, por crimes faccionados, que tinham como alvo membros da facção rival.

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