A residência médica é um momento de grande amadurecimento, com desenvolvimento de inúmeras habilidades práticas e um aprofundamento no conhecimento médico.
Demandas técnicas e não técnicas fazem parte do cotidiano do residente, que no meio da jornada diária tem que equilibrar sua vida pessoal e profissional, o que muitas das vezes não é fácil, sendo fonte de sobrecarga emocional intensa. Diversas práticas ajudam nesse contexto, porém um destaque significativo ocorre com a mentoria médica.
O que é uma mentoria médica
A mentoria envolve o apoio e o fluxo de experiência entre o mentor e o mentorado. Na área médica normalmente é constituída de um médico experiente eh jovem médico, muitas vezes na formação da residência médica. Alguns outros modelos ocorrem durante a graduação ou com foco na preparação das provas de residência médica.
Diversas universidades já inserem um programa de mentoria na graduação ou residência, tendo ótimos resultados, além do surgimento de plataformas pessoais nas redes sociais de médicos que oferecem esse apoio como mentor.
Suporte de apoio na troca de experiências
Durante a residência, um novo horizonte de desafios e oportunidades aparece, gerando um grande amadurecimento humano e profissional. Entretanto, muitas reflexões surgem no processo, seja em escolhas práticas do cotidiano ou em mais profundas sobre o seguimento na especialidade e na vida após a especialização.
Esse é um contexto ideal, em que uma mentoria exerce sua função, uma vez que a experiência médica certamente já passou por desafios parecidos em sua história de vida, podendo indicar o melhor caminho possível para a resolução dos problemas, ou até a mesma direção que deve ser evitada.
Esse diálogo de experiências não se resume aos pontos técnicos da profissão, podendo abranger dúvidas pessoais no equilíbrio da vida social e outras demandas não técnicas.
Suporte emocional nas dificuldades da profissão
O residente vive um cotidiano agitado entre visitas de enfermaria, plantões e discussões teóricas diversas. Além disso, a vida fora do hospital também exige tempo e atenção, com o suporte familiar e de relacionamento, assim como atividades físicas e momentos de lazer.
A organização do tempo nessas atividades é um grande desafio, sendo um ponto de grande estresse emocional e ansiedade para o jovem médico.
Uma experiência de mentor pode ajudar muito nesse contexto, fomentando reflexões pertinentes, mostrando ferramentas possíveis para a organização de demandas e ilustrando, com a própria experiência, os caminhos que podem ser trilhados.
Vale ressaltar que não se configura como uma psicoterapia ou seguimento especializadodevendo ter atenção com a saúde mental de forma global e com amparo profissional adequado.
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Direção nos grandes desafios do amadurecimento médico
A possibilidade de ter no mentor um ponto de diálogo participativo e feedbacks nas mais diversas esferas facilita um amplo amadurecimento médico.
Temas como profissionalismo, responsabilidade, planejamento e gestão do tempo são pouco envolvidos durante a formação médica e muito menos na residência, mas são essenciais para um bom desenvolvimento profissional e humano.
A discussão e abordagem prática desses temas facilitam o desenvolvimento de habilidades gerais, habilidades difíceis e suavesfacilitando o aproveitamento da residência e evitando o desenvolvimento de esgotamento.
Mensagem prática
Os programas de mentoria estão cada vez mais acessíveis, seja em plataformas digitais ou em projetos já integrados em residência médica.
Encontrar um bom mentor e seguir um caminho juntos no amadurecimento e desenvolvimento de habilidades é fator de destaque para o aproveitamento adequado da residência.
Ter essa ferramenta à disposição é sem dúvidas um grande ganho, dando mais força e estabilidade para a formação profissional plena, assim como um bom equilíbrio pessoal, se pautando no exemplo e vivências do mentor para o enfrentamento das adversidades triviais até as mais complexas.