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(Análise) As energias renováveis e os veículos eléctricos estão a remodelar os mercados globais, impulsionando uma grande mudança na mineração em direcção a minerais estratégicos.
Elementos como cobre, níquel e lítio tornam-se fundamentais para novas tecnologias que impulsionam a transição energética.
Neste contexto, a enorme oferta de 39 mil milhões de dólares da BHP pela Anglo American dá início a uma potencial onda de fusões e aquisições.
Com o objetivo de melhorar o seu portfólio, a oferta da BHP poderá transformar o cenário da mineração, especialmente na América do Sul.
A empresa tem como alvo as operações de ferro e níquel da Anglo American no Brasil, ressaltando a importância estratégica da oferta.
Além disso, a BHP planeia realocar determinados activos, demonstrando uma abordagem focada em minerais de alto valor.
A firme rejeição da oferta subvalorizada por parte da Anglo American realça os elevados riscos envolvidos.
À medida que se aproxima o prazo para uma oferta revista, aumentam as expectativas de propostas mais elevadas, atraindo potencialmente outros gigantes mineiros como a Glencore e a Rio Tinto.
Este cenário ilustra uma tendência mais ampla da indústria para a consolidação, com empresas ansiosas por garantir recursos cruciais para a economia verde.
Estas estratégias simplificam o acesso a minerais vitais e agilizam as operações face aos novos desafios de desenvolvimento de minas.
Detendo uma participação significativa na maior mina controlada privadamente do Chile, a BHP procura aumentar dramaticamente a sua produção.
Esta estratégia posicionaria a BHP à frente dos concorrentes, controlando o mercado vital de cobre necessário para tecnologias verdes.
Daniel Sasson, do Itaú BBA, capta a urgência, apontando para um pivô global em direção aos metais centrais para a economia verde emergente.
A escassez de cobre realça a necessidade urgente destes recursos, levando as empresas a adquirir cadeias de abastecimento em vez de desenvolver novas minas.
Esta narrativa destaca uma mudança global em direção a recursos sustentáveis, sublinhando o valor estratégico destes metais num futuro de baixo carbono.