Projeto foi anunciado em fevereiro, mas seguem congelados por questões ambientais

Prefeita cercada por moradores na Favela do Mandela (Foto: Juliano Almeida)

Moradores do Mandela cercaram a prefeita, Adriane Lopes (PP), para cobrar o conjunto habitacional prometido em fevereiro aos moradores da comunidade. Um chefe do executivo chegou a ser escoltado pela Guarda Civil Metropolitana. Uma visita aconteceu após incêndios que destruíram parte da favela nesta quinta-feira (16). Em resposta, Adriane disse que o projeto está em fase de regulação ambiental e que, apesar de ter sido iniciado no ano passado, é um processo e demorado.

‘É moroso e temos burocracias a serem respeitadas. Mas no momento do acidente vamos atender a todos que querem o acolhimento. temos os serviços da prefeitura a toda comunidade. ninguém vai ficar desatendido”, disse.

Conforme a prefeita, os moradores serão acolhidos no Cras (Centro de Referência da Assistência Social), Estrela do Sul, localizado na Av. Pref. Heráclito Diniz e escolas da região norte de Campo Grande. Aqueles que tiveram casas atingidas por incêndio podem buscar ajuda e orientações no CRAS. No local serão feitas distribuição de água, cestas básicas e inscrição no programa aluguel social.

A gestão também vai fornecer lonas, banheiros químicos e alimentos para aqueles que resolverem ficar no local. O Corpo de Bombeiros orientou moradores para que não habitassem residências que não foram atingidas, devido a intoxicação por fumaça.

Prefeita Adriane Lopes na favela do Mandela (Foto: Juliano Almeida)
Prefeita Adriane Lopes na favela do Mandela (Foto: Juliano Almeida)

Lembre-se – Em fevereiro, a favela foi prejudicada por fortes chuvas, que causaram o desmoronamento de casas e um alerta da prefeitura para que as famílias deixassem o lugar, com a promessa que manteriam um conjunto habitacional. Moradores se recusaram a sair.

A proposta da gestão municipal era retirar o grupo de ocupantes da área de risco até que todos fossem transferidos para os residentes Mandela I, II e III, que seriam construídos, a cerca de 2 quilômetros na linha reta, no fundo do Nova Lima. O local foi atingido por incêndios em março desde ano. Na época, três barracos foram atingidos. Não é a primeira vez que a comunidade perde.

Lá, serão construídas 220 casas para receber as 186 famílias já cadastradas do Mandela e o excedente a outras pessoas na fila pela própria casa. A expectativa era de que a entrega dos conjuntos começasse em 2024.

Entretanto, até o momento, o imbróglio segue em ritmo lento, já que o local escolhido pela prefeitura tem que passar pela supervisão ambiental, devido a estar próximo do Córrego Segredo. Enquanto a obra não inicia, a prefeitura prometeu auxílio financeiro de R$ 500 por 12 meses somente para as famílias residentes em área de risco.

Segundo incêndio na favela do Mandela, na tarde desta quinta (Foto: Juliano Almeirda)
Segundo incêndio na favela do Mandela, na tarde desta quinta (Foto: Juliano Almeirda)

Incêndio Fogo atingiu a comunidade do Mandela na manhã desta quarta-feira (16), em Campo Grande, localizada na saída para Cuiabá. Equipes do Corpo de Bombeiros trabalharam para evitar que as chamas se espalhassem pelo resto dos barracos que resistem no local. Em pânico, os vizinhos fizeram uma corrente para ajudar a controlar as chamas e tentar apagá-las com baldes.

A fumaça preta pode ser vista a quilômetros dali, desde a Rua Bahia. A causa do incêndio ainda não foi identificada, de acordo com o corpo de bombeiros, há hipóteses de que o fogo tenha sido causado por ligações clandestinas de energia ou fogo intencional. O número de casas atingidas foi em média 150, das 187 presentes. Ao todo, 186 famílias moram no local.

De tarde o fogo voltou a atingir o local mas foi controlado pelo corpo de bombeiros.

Corpo de bombeiros apaga resto de fogo em Mandela (Foto: Juliano Almeida)
Corpo de bombeiros apaga resto de fogo em Mandela (Foto: Juliano Almeida)

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