Estado fechado no dia 24 de novembro com 90% da área prevista semeada; ferrugem-asiática já ataca em 3 estados

Área plantada com soja em novembro no sul de Campo Grande. (Foto: José Roberto dos Santos)

Até agora em Mato Grosso do Sul é considerado baixo o índice de infestação por previsões e plantas flexíveis. Segundo boletim do Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) publicado hoje, há ocorrência de buva, capim amargoso e moderada infestação de milho tiguera. Dentre as pragas, encontramos-se em baixa incidência a lagarta do cartucho e o percevejo marrom. No momento, não há relatos de doenças, garanta o boletim.

Essa condição garante que 90,6% da área cultivada seja considerada em estado “bom”. O restante da área plantada é considerado “regular”, com 9% e apenas 0,5% é considerado “ruim”. Para uma lavoura ser interpretada como “ruim”, ela deve apresentar diversos critérios negativos, tais como alta infestação de pragas (plantas indiretas, indiretas e doenças) ou falhas no estado de plantas, desfolhamento excessivo, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, entre outros defeitos que causam perdas significativas de produtividade.

A região centro está com o plantio mais avançado, com média de 95,4%, enquanto a região sul está com 89,1% e a região norte com 85,5% de média. A área plantada até o momento, conforme estimativa do Projeto SIGA-MS, é de aproximadamente 3.834 milhões de hectares. O MS tem até o dia 24 de dezembro para concluir o planejamento, segundo calendário do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).

Monitoramento e plantas “tiguera”

Segundo o entomologista e consultor Eduardo Moreira Barros, da empresa Supera Soluções Agronômicas, para obter sucesso no manejo de lagartas, em um ano especialmente favorável a elas, o produtor deve investir no monitoramento das lavouras. “O monitoramento bem-feito começa antes do plantio. Com esse calor intenso, tem lagarta comendo muito a parte dos folíolos novos, ela está se refugiando no calor intenso. Indicamos assim um monitoramento mais ‘caprichoso’”, exemplifica.

Para o consultor, o monitoramento é indispensável, principalmente, porque permite a escolha de produtos específicos ao controle das lagartas identificadas e para definir o tamanho ideal no manejo (lagartas pequenas). “Há boas soluções para isso. Nesse período quente e seco, os baculovírus associados aos inseticidas químicos são um posicionamento correto, ganharam essa linha atualmente”.

Eduardo Barros chama a atenção ainda para a importância do manejo do milho tiguera. “Deve ser controlado por ser um grande potencializador de lagartas. Se o controle não for feito, na soja as lagartas surgirão maiores. A soja nascente e as largas cortam cinco, seis, dez plantas, esse é o grande problema, sem contar que elas podem danificar parte da área de plantas recém-estabelecidas”, resume o consultor e pesquisador.

Paraná já registra ferrugem-asiática

O (IDR-Paraná) Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, membro do Consórcio Antiferrugem, registrou as primeiras ocorrências de ferrugem asiática da soja, em áreas comerciais na safra 2023/24, nos municípios de Londrina e Terra Roxa, respectivamente norte e oeste do Estado. São 7 casos. De acordo com Edivan Possamai, coordenador do Programa Grãos do IDR-Paraná, a assistência técnica estadual convenções a presença da doença no dia 25 de novembro, em plantas que estavam em desenvolvimento reprodutivo (estádio R4), semeadas da primeira para segunda quinzena de setembro .

Além do Paraná, focos da doença foram identificados nos estados de São Paulo (2 casos) e Tocantins (2).

O Consórcio Antiferrugem, iniciativa que uns pesquisadores e o setor produtivo para desenvolver iniciativas de controle da doença.

Clique no link abaixo e tenha acesso ao boletim da soja, publicado pela Casa Rural.

536 – BOLETIM SEMANAL CASA RURAL – AGRICULTURA – CIRCULAR 536 28.11.2023.pdf

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